segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fim do Julgamento Conrad Murray





Médico de Michael Jackson é culpado pela morte do cantor

Dr. Conrad Murray é culpado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar

iG Gente
07/11/2011






Foto: AP Ampliar
Conrad Murray
Após seis semanas de julgamento, o júri formado por sete homens e cinco mulheres decidiu na Suprema Corte de Los Angeles nesta segunda-feira (7) que o médico Conrad Murray é culpado pela morte de Michael Jackson. O cardiologista de 58 anos foi condenado por homicídio não intencional ao dar ao cantor uma dose fatal do sedativo propofol para ajudar o popstar a dormir. 
A condenação só será decidida oficialmente em 29 de novembro, e Dr. Murray ficará preso até então, sem direito a fiança. O médico foi algemado logo após o anúncio da decisão. Ele pode pegar até quatro anos de prisão e pode perder a licença médica.
Em 25 de junho de 2009, Michael Jackson morreu em sua casa em Los Angeles por overdose do anestésico de uso hospitalar que estaria usando durante os preparativos da turnê "This Is It".
O julgamento começou em 27 de setembro e em 12 de outubro os advogados do médico desistiram do argumento de que o cantor havia ingerido sozinho a dose do anestésico propofol, causa da morte, enquanto ele não estaria por perto. O propofol é um medicamento de uso controlado e o acompanhamento constante do médico que receitava o remédio se fazia necessário em tempo integral. A decisão dos advogados do médico foi anunciada ao juiz que conduz o processo um dia após o laudo da autópsia indicar que Michael não poderia ter tomado sozinho a dose fatal do medicamento, hipóstese em que se baseava a defesa do médico. Ele foi condenado por negligência.
No dia anterior, o médico responsável pela necropsia de Michael, Christopher Rogers, afirmou em depoimento que o astro foi vítima de homicídio. A promotoria questionou o motivo de sua conclusão e ele informou que a dificuldade de Michael em dormir não indicava a necessidade do uso de propofol e ainda que não havia equipamentos de salvamento adequados disponíveis na casa do músico para assegurar a integridade física dele, por se tratar de um sedativo forte. Rogers afirmou ainda que o popstar não sofria de problemas cardíacos.


Relembre alguns trechos ditos pela acusação durante o julgamento:
- A causa da morte de Michael Jackson foi overdose de Propofol, remédio administrado pelo Dr. Murray.
- Nós vamos provar que Conrad Murray agiu repetidamente com negligência e incompetência.
- Murray fez fez um esquema com uma farmácia para comprar grandes quantidades de Propofol em uma base regular. Mas ele mentiu para o farmacêutico, dizendo que tinha uma clínica em Santa Monica, e ele não tem.
- Em 10 de maio de 2009, Murray fez uma gravação de voz em seu iPhone que revela que Michael Jackson estava sob a influência de "substâncias desconhecidos" com o médico sentado ao seu lado. Isso mostra que Murray tinha consciência do estado de Michael.
- A polícia foi avisada às 12h20. Quando os paramédicos chegaram, Michael estava morto.
- Murray nunca disse aos paramédicos que ele deu Propofol ao músico, mesmo quando eles o questionaram sobre drogas administradas por ele.
- Os paramédicos afirmaram que Michael Jackson estava morto, mas Murray insistiu para que o transportassem para o hospital.
- Dois dias depois da morte do músico, Murray encontrou-se com detetives da polícia de Los Angeles e divulgou que estava dando doses diárias de Propofol ao astro por mais de dois meses, com o intuito de colocá-lo para dormir. Esta é a primeira vez que Murray revelou isso.
- Murray disse à polícia que ele foi ao banheiro para urinar e quando voltou, dois minutos mais tarde, descobriu que Michael não estava respirando. O Ministério Público diz que deixar um paciente sozinho é considerado abandono médico.
- O promotor encerrou afirmando que Conrad Murray agiu com negligência e não estava pensando no interesse de Michael Jackson, mas sim trabalhando por US$ 150 mil (R$ 276 mil) por mês.



Foto: SplashNews Ampliar
Randy e Latoya Jackson, irmãos de Michael Jackson, chegam ao Supremo Tribunal de Los Angeles para acompanhar a sentença do médico

Foto: SplashNews
Joe e Katherine Jackson: pais do popstar na chegada à corte


07/11/2011 19h19 - Atualizado em 07/11/2011 20h49

Conrad Murray é declarado culpado por morte de Michael Jackson

Médico foi condenado por homicídio culposo, sem a intenção de matar.
Julgamento começou em 27/9 e sentença final sairá em 29 de novembro.

Do G1, com agências internacionais

O médico Conrad Murray foi declarado culpado nesta segunda-feira (7) do processo em que era acusado do homicídio culposo (quando não há intenção de matar) de Michael Jackson.  A sentença definitiva do cardiologista será anunciada apenas em 29 de novembro.


 A declaração foi lida por Sammie Benson auxiliar da Corte de Los Angeles duas horas após o júri ter chegado a um veredicto unânime. Ao final da declaração, Benson disse que o júri o condenava a quatro anos de prisão. Mas a sentença não é definitiva devido a um pedido feito pelos advogados de Murray.
A decisão, que estava programada para sair às 19h (do horário de Brasília; 13h em Los Angeles), atrasou por conta do próprio Murray, que estava com a família em Santa Monica e demorou para chegar ao tribunal, no centro de Los Angeles. Ele ouviu a declaração acompanhado da mãe e de Nicole Alvarez, sua namorada.

Conrad Murray é algemado após decisão do júri (Foto: AP)
Conrad Murray é algemado após decisão do júri
(Foto: AP)
Já os familiares de Jackson, como seus pais e irmãos, compareceram ao local antes das 18h45. A decisão foi comemorada por fãs de Jackson, que acompanharam tudo do lado de fora da Corte de Los Angeles.
Os jurados começaram a deliberar a partir das 14h30, três dias depois da primeira deliberação.
No dia 3 de novembro, tanto a promotoria quanto a defesa apresentaram seus argumentos finais.

Fãs de Michael Jackson celebraram a decisão do lado de fora da Corte de Los Angeles (Foto: AP)
Fãs de Michael Jackson celebraram a decisão do lado de fora da Corte de Los Angeles (Foto: AP)
Sete homens e cinco mulheres que compuseram o corpo de jurados foram reunidos para decidir se o médico de 58 anos era ou não responsável legal pela morte de Michael Jackson, causada por intoxicação aguda de propofol. O cardiologista era médico pessoal do cantor, a quem administrava diversos sedativos, entre eles o anestésico propofol, para combater sua insônia.
Na manhã de 25 de junho de 2009, Murray administrou o anéstico após outros medicamentos não surtirem efeito durante a noite. Após se ausentar do quarto de Jackson, ele o encontrou aparentemente sem vida. O rei do pop tinha 50 anos.
Entenda o julgamento
O processo deveria ter começado em 9 de maio, mas foi adiado a pedido dos advogados da defesa, que desejavam poder preparar o contra-interrogatório de novas testemunhas citadas pela acusação. O julgamento de Conrad Murray começou em 27 de setembro, com o juiz Michael Pastor como o encarregado do caso. Uma de suas primeiras decisões foi a de não permitir que o júri visse às últimas filmagens dos ensaios finais do cantor para evitar "influências externas".

Joe and Katherine Jackson, pais de Michael, chegam à corte para ouvir a senteça, assim como Jermaine, seu irmão (Foto: AP)
Joe and Katherine Jackson, pais de Michael, chegam à corte para ouvir a senteça, assim como Jermaine, seu irmão (Foto: AP)
A defesa do cardiologista sustentava a tese de suicídio, alegando que o cantor estava desesperado por suas várias dívidas e que injetou em si próprio uma dose extra sem o conhecimento de seu médico. Murray admitiu ter dado a Jackson propofol e duas injeções de dois miligramas cada de lorazepam para ajudá-lo a dormir. Mas a autópsia detectou no corpo de Jackson níveis mais altos do anestésico.
O doutor Paul White, previsto para ser a última testemunha da defesa, afirmou que Jackson podia ter engolido oito outros comprimidos do anestésico lorazepam durante uma longa noite insone, elevando o nível da droga em seu sangue ao nível constatado na autópsia.

Dezenas de vidros de anestésicos e outras drogas são exibidas nesta quarta-feira (5) durante o jugalmento do ex-médico do cantor Michael Jackson, Conrad Murray (Foto: AP)
Dezenas de vidros de anestésicos e outras drogas são exibidas em 5 de novembro, durante o jugalmento do ex-médico do cantor Michael Jackson, Conrad Murray (Foto: AP)
Os advogados de Murray usaram várias testemunhas para demonstrar que Jackson era dependente de medicamentos e fazia de tudo para obter o propofol. A enfermeira e nutricionista Cherilyn Lee, que trabalhava com o astro em 2009,  disse  que Jackson chegou a afirmar que anestésico cirúrgico era a única coisa que o fazia dormir.
O especialista em anestesiologia Steven Shafer, por outro lado, acusou Murray de agir como um empregado de Jackson, não como um médico. "A relação médico-paciente consiste em que o médico ponha o paciente em primeiro lugar. Isso não significa que faça o que o paciente pede, e sim o que for adequado", criticou.
Na quinta-feira (3), o promotor David Walgren usou como argumento central a “negligência criminosa” do médico. Walgrem citou os filhos do artista e afirmou que, "para eles, este caso não acaba hoje ou amanhã ou no dia seguinte. Este caso será para sempre, porque não têm pai.”

Promotor caso Jackson (Foto: Kevork Djansezian / Poo/ / AFP)
Um dos promotores do caso Jackson
(Foto: Kevork Djansezian / Poo/ / AFP)
Ed Chernoff, um dos advogados de Murray, adotou a estratégia de dirigir uma série de perguntas ao júri.  A defesa argumentou que o cantor era um “viciado desesperado” que causou sua própria morte ao tomar mais medicamentos enquanto o médico estava fora do quarto. O advogado  também questionou a integridade das testemunhas apresentadas pela defesa, além de dizer que os produtores da turnê para a qual Jackson se preparava pressionaram o cantor
Sobre o fato de o médico não ter ligado para serviço de emergência ao ver que Michael Jackson se encontrava em estado crítico, apresentou nova questão: "alguém ligaria para o 911 se fosse um médico treinado? Isto não é um reality show. Isto é realidade”.
De acordo com Walgren, mesmo que Murray não tenha visto o músico utilizando propofol, era sua responsabilidade zelar pela integridade do paciente. A promotoria foi contundente em sua intenção de demonstrar os erros profissionais cometidos pelo médico em seu tratamento.

Edição do dia 07/11/2011
07/11/2011 21h24 - Atualizado em 07/11/2011 21h24

Médico é considerado culpado nos EUA por morte de Michael Jackson

Conrad Murray foi algemado na corte e foi para a prisão. O julgamento durou seis semanas; 49 testemunhas foram ouvidas.



Nos Estados Unidos, o médico Conrad Murray foi considerado culpado de ter provocado, involuntariamente, a morte do cantor Michael Jackson. De Nova York, a correspondente Elaine Bast afirmou que a decisão do júri foi unânime, e que muitos fãs, que aguardavam do lado de fora, comemoraram.
Murray estava visivelmente cansado. Ele foi algemado ainda na corte e foi direto para a prisão e vai ficar lá até sair a sentença. O julgamento durou seis semanas, e 49 testemunhas foram ouvidas.
A família do cantor foi chamada para ouvir o veredito. Os pais chegaram em meio ao tumulto da imprensa e de fãs que aguardavam do lado de fora.
Michael Jackson morreu em junho de 2009, na mansão onde morava, em Los Angeles. A autópsia concluiu que uma dose mortal do fortíssimo anestésico Propofol, misturada a outros medicamentos, causou a morte do cantor.
Durante o julgamento, a defesa do médico tentou mostrar que o Doutor Murray, na realidade, tentava ajudar Michael Jackson a se livrar do vício do Propofol e que Michael teria injeto a dose mortal do medicamento sozinho.
Mas, para a acusação, a negligência de Conrad Murray, mais preocupado em ganhar dinheiro o que em cuidar do paciente, foi criminosa e causou a morte do cantor.
Agora todos aguardam a sentença. O médico pode pegar até quatro anos de prisão. Ele pode perder ainda a licença de médico.


Voz de Michael




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