segunda-feira, 26 de setembro de 2011

3º Dia de Rock in Rio G 1

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Slipknot põe 100 mil pessoas 'para sentar' no Rock in Rio

Em apresentação 'interativa', DJ se jogou para o público de altura de 4m.
'Esse é o maior público para o qual já tocamos', disse vocalista.

Gustavo Miller Do G1, no Rio

Um dia depois de se apresentar no Rock in Rio de cara limpa, com o Stone Sour, Corey Taylor colocou sua famosa máscara e tocou neste domingo (25) ao lado de sua banda mais famosa: o Slipknot.
O grupo de nu metal, um dos mais aguardados do festival, fez uma apresentação no Palco Mundo digna daquilo que era esperada: barulhenta e feita para o público encharcar suas camisetas pretas de tão "física" que foi: o cantor chegou a fazer o o público "sentar" (para depois pular) e o DJ Starscream chegou a pular da estrutura da house mix (lugar onde ficam os técnicos de som), de uma altura de quase 4m de altura - ele caiu de costas para o público, que o segurou.


O show, aliás, foi o primeira da banda no Brasil sem o baixista Paul Gray, morto no ano passado após sofrer uma overdose acidental de morfina.
Após o começo com "SIC", os mascarados continuaram o show com duas faixas do primeiro álbum deles, de 1999: “Eyeless” e o hit pancada “Wait and bleed”. “The blister exists”, de “Vol.3: The subliminal verses” (2004) foi a terceira, encaixada apenas que o grupo emendasse mais duas faixas do disco début. O primeiro álbum, de 12 anos atrás atrás, foi novamente lembrado perto do final da apresentação, com "Spit it out" e "Surfacing" - que fechou o show.


Também estiveram presentes várias faixas do segundo disco "Iowa" (2001), como "People = shit" (penúltima da noite) e a sequência "Disasterpiece", "Psychosocial" e "The heretic anthem". Todas foram cantadas com força pelo público, que seguia os comandos de Taylor com impressionante obediência.
O vocalista, aliás, mostrou-se emocionado em diversas partes da apresentação. Segundo ele, o show foi o com maior público da história da banda, cuja última passagem pelo Rio foi há seis anos.

mosh slipknot (Foto: G1)
Sequência mostra momento em que integrante da banda se joga sobre o público (Foto: G1)

Motörhead faz show com participação de Andreas Kisser

Guitarrista do Sepultura se juntou ao trio inglês neste domingo (25).
Banda de Lemmy Kilmister dedicou 'Going to Brazil' ao povo brasileiro.

Braulio Lorentz Do G1, no Rio

Foram 13 músicas em pouco mais de uma hora de show, que teve participação do guitarrista Andreas Kisser, do Sepultura. Muitos fãs não pareceram se importar com o fato do Motörhead já ter passado pelo Brasil em abril deste ano, com show pouco diferente ao desta noite de Rock in Rio. Outros, no entanto, só vibraram com "Ace of spades", a penúltima do setlist.
Músicas como "Killed by death", "Stay clean", "Over the top" e "Going to Brazil" - dedicada ao povo brasileiro - foram recebidas com mais respeito do que euforia.


Como de costume, o baixista e vocalista Lemmy Kilmister anunciou brevemente cada música e disse seu famoso bordão no começo e no final ("Nós somos o Motörhead, e nós tocamos rock n' roll"). A plateia oscilou entre o morno e o quente, em show terminado com Lemmy fuzilando o público com seu baixo - ele finge que o instrumento é uma metralhadora.
"In the name of tragedy" tem solo de bateria de Mikkey Dee, que se comunica bastante com a plateia. Ele olha para a câmera e pede, pelo telão, que todos gritem o nome do grupo. Também falante, o guitarrista Phil Campbell trajou uma camisa do Atlético Mineiro.
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Menos pesado, Coheed & Cambria agita com cover de Iron no festival

Eles tocaram 'The trooper' pouco antes do fim do show no Palco Mundo.
Noite ainda tem apresentações de Motorhead
, Slipknot e Metallica.

Marcus Vinícius Brasil Do G1, no Rio

O Coheed & Cambria enfrentava dificuldades para engajar o público até depois da metade de sua apresentação no Palco Mundo do Rock in Rio, na noite deste domingo (25).

Com um som menos pesado que o de outras atrações da noite (como Slipknot e Metallica), o grupo americano de rock progressivo disparava canções como "Ten speed (of god's blood & burial)" e "Gravemakers and gunslingers" para um público morno. Longe do palco, havia amontoados de gente deitada.


Nessa primeira parte do show, que começou às 20h, tocaram ainda "Here we are juggernaut", "The velourium camper III: Al the killer" e "A favor house atlantic".

Foi quando, pouco antes de sair do palco, às 20h50, a banda disparou cover de "The trooper", faixa lançada originalmente pelo Iron Maiden em 1983. Quem estava sentado se levantou, mãos foram ao alto, e a plateia cantou em coro a música até o fim, num estouro de energia.


Era tarde (faltavam apenas mais alguns minutos para o fim da apresentação), mas o público reagiu bem melhor às últimas duas faixas do repertório.

Liderado pelo vocalista Claudio Sanchez, com sua longa cabeleira crespa, o Coheed abriu com "No world for tomorrow" e terminou sua apresentação com "Welcome home". Aí, Sanchez tocou uma guitarra de braço duplo, apoiando-a na nuca para tocar seus solos habilidosos. No fim, saiu mais aplaudido do que se não tivesse lançado mão do trunfo Iron Maiden.
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Gloria enfrenta vaias dos metaleiros com covers do Pantera e berros

Banda foi a primeira a se apresentar no Palco Mundo neste domingo (25).
Grupo paulistano foi hostilizado por fãs de metal, mas conseguiu aplausos.

Braulio Lorentz Do G1, no Rio

A banda paulistana Gloria combateu a hostilidade dos metaleiros neste domingo (25) com covers do grupo Pantera ("Domination" e "Walk") e com o vocal gutural de Mi, que anunciou a "homenagem a uma das maiores bandas de metal do mundo".
O quinteto entrou no palco jogando para ganhar, mas saiu satisfeito após um empate. Sem interagir tanto com a plateia e tentando evitar silêncios entre as músicas, a banda conseguiu driblar as vaias e os gritos de "Sepultura! Sepultura!". A banda veterana se apresentou no mesmo horário do Gloria, no Palco Sunset.


A hostilidade veio também com bom humor. Antes e durante o show, os músicos foram surpreendidos com gritos de "Gloria, Gloria, aleluia... Queremos rock n' roll". Alguns xingaram a banda e outros ergueram o dedo médio para os rapazes do Gloria, que não fizeram comentários sobre a mistura de vaias e aplausos que dominou a apresentação.
Em 40 minutos, o grupo tocou 12 canções. Houve tempo também para um bem recebido solo de bateria de Eloy Casagrande. O músico faz parte da banda de apoio de Andre Matos, ex-vocalista do Angra e do Shaaman.
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Sepultura supera problema técnico e faz show no mesmo horário do Gloria

Banda de metal tocou no Palco Sunset com 1h15 de atraso.
Mike Patton dividiu os vocais em 'Roots bloody roots'.

Gustavo Miller Do G1, no Rio


Peso era justamente a propaganda por trás do show do Sepultura com o Tambours du Bronx. E peso foi justamente o que não teve na apresentação que fechou o Palco Sunset deste domingo (25). A apresentação, marcada para às 18h, teve atraso de 1h15 e acabou concorrendo com os do Gloria (19h) e do Coheed and Cambria (20h) - ambas do Palco Mundo, o principal.
Após o público que lotou o espaço gritar "falta de respeito", disparar diversos palavrões e atirar copos d'água no palco, o guitarista Andreas Kisser subiu, acalmou os ânimos e pediu paciência para a plateia. Ele alegou "problemas técnicos", mas mesmo assim as duas bandas entraram no palco menos de 1 minuto depois.
O resultado final foi que a parceria do grupo brasileiro com o grupo de percussão industrial francês acabou prejudicada e não teve o volume esperado. A menos de 100 metros do palco era possível conversar normalmente. Uma pena, pois o show teve momentos dignos de Palco Mundo.
Apesar de abrir com "Refuse/Resist", o Sepultura privilegiou as faixas de "Kairos", 12º álbum do grupo, lançado há poucos meses. Também foram tocadas três canções do grupo de percussão formado em 1987, como "Fever".
A estratégia esfriou os ânimos de quem esperava versões ousadas dos clássicos da banda de Derrick Green. "Structure violence", "Relentless" e uma cover curiosa de "Firestarter", do Prodigy, estiveram no cardápio de enxutas 11 músicas.
O final foi apotéotico, com os clássicos "Territory" e "Roots bloody roots" emendados. Esse último teve a participação especial de Mike Patton, ovacionado.
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Metallica toca por mais de 2 horas e rege 'coro de vozes' no Palco Mundo

Banda fechou o show com 'Seek and destroy'.
Apresentação contou ainda com 'Fuel' e 'Enter Sandman'.

Marcus Vinicius Brasil Do G1, no Rio

A orquestração gravada de "The ecstasy of gold", do compositor italiano Ennio Morricone, foi o sinal. Assim que a música tocou, como é de praxe na abertura das apresentações do Metallica, a banda californiana de thrash metal subiu ao Palco Mundo do Rock in Rio, pouco depois da 1h da manhã desta segunda-feira (26).

James Hetfield (vocais), Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammett (guitarra) e Robert Trujillo (baixo) fecharam o 3º dia do festival depois de tocar por mais de 2 horas. Cantaram faixas de "Kill 'em all" (1983), "Master of puppets" (1986), até sucessos de seu álbum mais recente, "Death Magnetic" (2008).

Primeira atração anunciada na escalação do Rock in Rio, e um dos maiores grupos do gênero, o Metallica era aguardado por fãs espremidos (implorando aos seguranças por água) na primeira fila. Gente com bandeiras, faixas, e muita disposição para enfrentar o empurra-empurra - ao final, foram recompensados com chuvas de palhetas e baquetas dos roqueiros.

Nos camarins, os músicos eram tratados como as estrelas máximas do espetáculo. Enquanto os integrantes do Slipknot e do Motorhead papeavam sem escolta, Trujillo e Hammett andavam rodeados por seguranças grandes e tensos. Mas, ainda que cercados, Hammett desfilava sem camisa, sereno, com a guitarra pendurada no pescoço; enquanto isso, Trujillo tirava fotos junto à equipe técnica.


A descontração marcou o encerramento do show. Depois de fazer alguma manha, simulando que sairiam do palco sem tocar seu hit máximo, fecharam com "Seek and destroy", para delírio da multidão.

Também apareceram no repertório "Master of puppets", "Fuel", "Sad but true"... Nessa última, Hetfield atuou como um maestro, enquanto acenava para que a multidão cantasse em coro os versos da música em seu lugar.

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