segunda-feira, 30 de março de 2020

Saiba a diferença entre gripes comuns e o novo coronavírus; infectologista do HSD explica

No início do ano, devido ao período chuvoso, é comum ocorrer o aumento no número de casos de doenças provocadas por vírus respiratórios, as chamadas síndromes gripais. Por isso, a população deve ficar mais atenta aos sinais e sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo tosse e corrimento nasal.O alerta é do coordenador do Serviço de Controle de Infecção do Hospital São Domingos, Dr. Eudes Simões.


 “Sempre nos dois primeiros meses do ano temos o aumento da incidência de síndromes gripais, devido à circulação dos chamados "vírus respiratórios". Neste momento, nós estamos vivenciando um aumento do número de casos de Influenza H1N1. Este vírus ficou muito conhecido como causador de uma grande pandemia em 2009 e pode ocasionar sintomas semelhantes ao da gripe comum, só que mais intensos. Em casos mais graves podemos ter complicações como pneumonia, falência respiratória e até levar à morte. A vantagem é que esta é uma doença considerada imunoprevenível, ou seja, existe vacina capaz de evitar o adoecimento," afirma o infectologista Dr. Eudes Simões.
Epidemia
Ele lembra que neste ano, esses casos acabaram ganhando uma atenção maior por parte da população por causa da epidemia causada por um novo tipo de coronavírus (o Covid-19) originada na China e que já atinge vários países. 
“O coronavírus pertence a uma grande família de vírus e é conhecido desde a década de 1960. É também causador de gripes comuns, com maior incidência em crianças. Existem vários tipos dele, do mesmo jeito que o Influenza tem os tipos H1N1 e H3N2. Eventualmente, temos também registros de síndromes gripais causadas pelos coronavírus, mas que não representam a mesma coisa da epidemia que está ocorrendo no mundo pelo Covid-19 (que é uma forma diferente do vírus, que sofreu uma mutação e que não causa uma gripe comum). Até o momento não temos nenhum caso confirmado do Covid-19 no Brasil", explica o médico.
Segundo Dr. Eudes Simões, nas infecções gripais os sintomas são os mesmos, seja causadas pelo vírus Influenza, adenovírus, rinovírus ou o coronavírus, por isso deve-se estar atento a eles, consultar um médico e tomar as medidas de precaução para evitar a disseminação.

Precauções
“As principais medidas de precaução são lavar as mãos frequentemente com água e sabão e utilizar substância à base de álcool a 70; quem tiver sintomas, deve usar máscara e utilizar-se da etiqueta da tosse para minimizar os riscos de transmissão”, detalha Dr. Eudes Simões.
Ele orienta ainda que a pessoa que estiver gripada deve evitar contato e aglomerações de pessoas e ficar de repouso em casa para evitar a disseminação do vírus. O infectologista reforça que o que preocupa é que esses vírus causadores de síndromes respiratórios sofrem mutações e muitos dos novos tipos são um pouco mais agressivos e causam doenças mais graves.
“Já tivemos essa experiência em 2002, com a mutação do coronavírus chamada SARS [Síndrome Respiratória Aguda Grave]; em 2012, com o MERS [Síndrome Respiratória do Oriente Médio] e agora, o Covid-19, esse da epidemia da China e em outros países. Essa mutação causa uma forma mais grave do que a doença comum. No Brasil tivemos mais de 30 casos suspeitos, dos quais 21 foram descartados e 11 ainda estão com suspeita”, relata Dr. Eudes Simões.


Medidas de precaução
  • Intensificar os cuidados com a higiene das mãos, lavando com água e sabão e usando álcool a 70%;
  • Praticar a etiqueta da tosse: cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
  • Ficar de repouso;
  • Se tiver que ter contato com outras pessoas, usar máscara comum;
  • Evitar contato com pessoas gripadas;
  • Vacinar-se anualmente contra Influenza;
  • Se estiver com sintomas de gripe, evitar circulação e aglomeração de pessoas para diminuir a transmissão;

Sintomas de síndromes gripais
Febre
Tosse
Dores no corpo
Dor de cabeça
Nariz escorrendo ou obstruído
Fonte: 
https://www.hospitalsaodomingos.com.br/noticia/-saiba-a-diferenca-entre-gripes-comuns-e-o-novo-coronavirus-infectologista-do-hsd-explica-709?fbclid=IwAR3RmPmC-m0_HTdU3nEjJnEBHOx_uB0kon-pXyN-z6dcdVI8P_KTc8AI5V0

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