terça-feira, 22 de novembro de 2011

Notícias 22/11

Bom dia Brasil

Antes de gastar no Natal, brasileiros enfrentam fila para limpar o nome

Com o 13º salário na mão, o brasileiro quer consumir. Mas tem gente fazendo fila para pagar as dívidas antes de sair pras compras de Natal.

 

Está com dívida? Vai pagar? Ou ainda não sabe o que fazer para o Natal? O 13º salário está chegando. Quase metade das famílias brasileiras tem alguma conta pendente. Em São Paulo, tem um mutirão pra limpar o nome – pagar as dívidas é ruim, mas recuperar o crédito é o que todo mundo quer.
A expectativa para esse fim de ano é bastante otimista, apesar da crise financeira que atinge outros países. As vendas este ano, segundo lojistas de shopping, devem crescer 6,5%. São muitos os planos para o fim de ano.
Há presentes de R$ 10, R$ 20 ou R$ 30. Na 25 de Março, rua de comércio popular de São Paulo, a correria das compras já começou. “Comprei brincos, colares, lembrancinhas mesmo. Tem de comprar coisa barata, senão não dá para comprar para todos”, comentou a secretária Joana Serafim.
Quem pede geralmente ganha desconto. “É difícil ganhar. Tem de economizar e guardar um pouquinho ainda. Por isso, tem de dar uma choradinha”, disse a dona de casa Maria Lúcia Guedes.
A dona de casa Nilze Gomes tem uma lista de parentes para presentear. “Tem minha mãe, meus filhos, sobrinhos, afilhados, marido e amigos. Está difícil”, aponta.
Mas antes de gastar, tem gente enfrentando fila para limpar o nome. É um mutirão na capital paulista que dá descontos tão grandes que a dívida pode cair em até 60%. “No final do ano a gente quer gastar e precisa estar com o nome limpo. Senão, não dá”, comentou uma senhora.
No mês passado, 61% das famílias brasileiras estavam endividadas. Destas, 21% tinham contas em atraso. Para quem já está endividado, os economistas recomendam muita cautela na hora das compras para a pessoa não comprometer ainda mais a renda. O ideal é evitar o parcelamento com juros e, sempre que possível, pagar à vista.
“Para aqueles endividados, pé no freio e não gaste tanto. Para quem renegociou, priorizar o pagamento da renegociação”, orienta Carlos Henrique de Almeida, economista da Serasa Experian.
Para aquecer a economia, inclusive neste fim de ano, o Banco Central tem cortado juros e estimulado empréstimos consignados, com descontos em folha, e financiamentos para a compra de veículos. Mas cuidado com os juros, que ainda são altíssimos. O do cheque especial é de 187% ao ano e o do cartão de crédito, 238%.
“Acho que o consumidor tem de evitar linhas de crédito caras, como aquele crédito que ele tem em conta que chamamos de cheque especial, bem como o pagamento mínimo do cartão de crédito que não é para ser usado frequentemente”, destaca o economista Carlos Henrique de Almeida.
Um casal já definiu os presentes e agora está pesquisando os preços. “Tem calçado, alguns eletroeletrônicos que a gente quer dar, como celular e televisão, essas coisas de presente. A gente está verificando tudo”, diz o músico Marcos Vinicius de Oliveira.
Em um shopping, tem consumidor que se assustou com o que viu na vitrine. “Esse ano só vai ficar no abraço”, brincou uma senhora.
Ana já separou R$ 2 mil para todos os presentes de Natal. Em cada um, pretende gastar, em média, R$ 120. Os parentes vão ganhar roupas, e ela está comprando tudo à vista. “Depois você fica cheio de dívida para pagar. Entra o ano tem escola, IPVA e algumas coisas extras que aparecem, e aí você fica endividado. Então, não dá. Tem de controlar tudo bem direitinho agora”, acredita.
Uma pesquisa da Associação Comercial de São Paulo mostrou que três em cada dez trabalhadores pretendem usar o 13º salário para pagar as contas. Os outros sete vão gastar mesmo.

Câmeras flagram roubo de estepes no Aeroporto de Guarulhos, em SP

A gangue do estepe é o novo tormento dos passageiros nos aeroportos de São Paulo. São, em média, 20 furtos todo mês.

 
Não é de hoje que se fala do abandono dos aeroportos brasileiros. O descaso deu no que deu. Uma quadrilha de bandidos se criou roubando estepes no estacionamento do Aeroporto de Guarulhos, um dos mais importantes do país. Dava quase para abrir uma loja de pneus, tantos foram os estepes furtados. As câmeras de segurança do aeroporto flagraram a ação dos bandidos. Dois foram presos.
Superlotação, longas filas e agora mais um preocupação para quem precisa usar o Aeroporto de Cumbica, o maior do país: o furto de objetos dos carros. “Quando eu abri o carro, já estava a parte interna inteira destruída, já levaram a parte de multimídia, destruíram o painel e já tinham levado tudo. O estepe era o valor mínimo”, contou o empresário Luis Eduardo Hayashi.
Estepe dos carros é o artigo preferido. Não é fácil identificar os ladrões do estacionamento, porque eles circulam se passando por passageiros. Os furtos de estepe começaram em setembro. A média é de 20 carros abertos por mês. As vítimas começaram a reclamar para a polícia, e as câmeras ajudaram a encontrar os ladrões.
As câmeras captaram dois flagrantes. Um dos ladrões chega de carro e bem vestido. Ele paga o ticket. Volta para o estacionamento e abre o porta-malas de outro carro para furtar o estepe, mas desiste por causa do movimento e do vigia que passa em uma moto. Quando chega ao bloqueio, o carro dele é cercado por seguranças. Mesmo assim, ele consegue fugir.
Quatro dias depois, mais ladrões – um deles abre o porta-malas de um carro, furta o estepe e o coloca no banco de trás. Dez minutos depois, eles tentam pegar outro. A câmera acompanha um homem correndo atrás deles. Os ladrões vão para a saída, passam por um carro da polícia e arrebentam a cancela para fugir.
Gilio Lucena e William de Carvalho foram presos na rodovia de acesso ao aeroporto. No carro, a polícia encontrou três estepes. “O estepe tem um giro rápido e valor alto. A pessoa oferece vende, tem um valor alto a compradores e lojas de autopeças e desmanches. Eles acabam vendendo, e nós estamos identificando”, afirmou o delegado do aeroporto Ricardo Guanaes.
Um pneu novo custa em média R$ 1 mil, dependendo do modelo do carro. A Infraero, que administra o aeroporto, disse que a empresa contratada para cuidar do estacionamento mantém funcionários circulando de moto pelo local o tempo todo. Os funcionários estão instruídos a acionar a polícia caso percebam alguma irregularidade.

Rodrigo Pimentel: 'Presídio onde Nem está nunca teve registro de fuga'

O presídio onde o Nem está é considerado o mais seguro do Brasil. O presídio agrega toda a tecnologia disponível.

 

O presídio onde o Nem está é considerado o mais seguro do Brasil. O presídio agrega toda a tecnologia disponível. Aliás, cada cela tem uma câmera, onde o preso é vigiado 24 horas por dia. São quatro presídios federais no Brasil em funcionamento e tem um quinto em construção em Brasília.
No momento temos um em Mossoró, um em Catanduvas, um em Porto Velho e esse em Campo Grande. Cada presídio desse tem capacidade para 208 presos. Eles foram construídos exatamente para que os estados da federação mandassem seus presos mais perigosos. Aqueles que representassem algum risco à ordem pública local. E o Nem faz, evidentemente, parte desse grupo. Lá, ele perde a capacidade de articular, de chefiar sua facção.
A legislação poderia ser um pouco melhor. Existe uma legislação na Itália hoje, anti-máfia, que desconecta o preso de qualquer contato. Aqui, o Nem vai ter contatos, pois ele tem direito a duas visitas de amigos e família por semana, mais as visitas dos filhos, caso ele tenha filhos. Apesar do regime disciplinar diferenciado, que é um direito que ele tem. Essas visitas não são monitoradas, são as chamadas visitas íntimas, a que ele tem direito. Isso está previsto na legislação.
O presídio tem scanner de corpo, raios-x, câmeras, microfones e câmeras escondidas. E a segurança é muito bem treinada. O fator humano nesse caso é muito importante. Esses agentes penitenciários federais são muito bem selecionados, treinados e bem pagos. Então, a única tentativa de saída de informação foi identificada pelo agente nas roupas íntimas da visita, pequenas cartas, bilhetes que o traficante Beira-Mar tentava mandar para sua facção. O scanner do presídio identificou.
Importante, nesse presídio, não há registro de celulares que tenham chegado a nenhum bandido, arma tampouco e nenhuma fuga. O esquema está funcionando e está isolando os principais chefes das facções do Brasil
O Nem tem direito à nutricionista e a uma dieta especial balanceada. Muita tecnologia e muito cara. Um preso desse custa mais ou menos três vezes o que custa o universitário em uma universidade federal. São 208 vagas por presídio, mas é necessário. Nesse momento para desarticular facção é o que está funcionando no Brasil.
No futuro, inverter essa relação universidade x presídio e ter também uma legislação mais dura, copiada da Itália, onde o preso no primeiro ano só tem direito a um advogado, que não serve de pombo correio para uma facção.

Nem chega a presídio em MS com rigoroso esquema de segurança

O traficante chegou acompanhado de três comparsas no sábado (19). Os quatro estão em celas individuais no isolamento.

 

Um presídio nunca registrou uma fuga. É lá que está preso o traficante Nem, ex-chefe na Favela da Rocinha. O traficante deve passar por exames esta semana. Todos os presos, quando chegam ao Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, nos primeiros dias na unidade passam por exames de corpo de delito, exames médicos e psicológicos.
Nem pode sair ainda nesta segunda-feira (21) para esses exames, mas a direção do presídio não informou quando ele vai sair por questões de segurança. O traficante chegou acompanhado de três comparsas no sábado (19). Foram cinco horas de voo do Rio de Janeiro até Campo Grande. Do aeroporto, eles vieram direto para o presídio federal. Os quatro estão em celas individuais no isolamento.
Essas celas têm sete metros quadrados. Eles só têm contatos com os agentes penitenciários e com os advogados, ma até agora o advogado do Nem não apareceu. Eles não podem sair nem para banho de sol. O regime é muito rigoroso.


Aumenta número de mortes por acidente com fios de alta tensão

A maioria das mortes por choque elétrico acontece nas reformas e construções. São situações cujo perigo é completamente ignorado.

 
Uma imprudência está tirando a vida de muitos brasileiros: são os acidentes elétricos. O flagrante foi gravado no anel rodoviário de Belo Horizonte. O homem caminha sobre a estrutura de sinalização para atravessar um fio que parece ser da rede elétrica. Depois desce pela torre de sustentação, e o fio é puxado em direção a uma área invadida às margens da rodovia. Além do perigo de queda, ligações clandestinas conhecidas como “gato” podem provocar choque elétrico.
“A pessoa abre uma caixa de medição e tenta fazer uma gambiarra lá dentro pra poder pagar menos ou nem pagar. Por desconhecimento de procedimentos, ela pode sofrer o choque elétrico também nessa caixa”, disse o engenheiro de segurança do trabalho Demétrio Aguiar.
Mais uma situação de risco: com a construção, o poste de energia foi parar dentro da parede. A janela ficou ao lado dos fios. A maioria das mortes por choque elétrico acontece nas reformas e construções. São acidentes provocados por situações cujo perigo é completamente ignorado. O segundo andar foi levantado muito perto da fiação. Seu José achou melhor interromper a obra. “O que é melhor parar ou morrer?”, questionou o pedreiro.
O atendente Jhonatan Pinheiro é uma das vítimas do choque elétrico. Sofreu várias queimaduras pelo corpo e perdeu parte da mão mexendo na rede elétrica na laje de casa. “Para mim não ia ser um perigo tão grande porque sempre nós fazíamos e não deu nada errado”, explicou.
“A queimadura elétrica por conceito é a transformação da energia radiante em calor por isso que queima. O brasileiro não tem a cultura do perigo, então acontecem essas queimaduras terríveis”, alerta Carlos Eduardo Leão, chefe do setor de queimados Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

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