quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Notícias G1 Brasil e Mundo

Sabores Brasileiros

Aprenda a fazer pratos típicos para compor a ceia de Natal

Chefs ensinam receitas de todas as regiões do país.
G1 mostra 16 cardápios inusitados para diversificar a festa de fim de ano.

Do G1, em São Paulo
Pratos tradicionais de cada região do país podem ser usados para enriquecer a ceia natalina. Chefs e culinaristas criaram versões que misturam os ingredientes típicos com as receitas mais conservadoras. Confira abaixo 16 sugestões especiais preparadas pelo G1:
Receitas regionais
Amazonas (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Peixe amazônico é alternativa para inovar na
ceia (Foto: Girlene Medeiros/G1)
Amazonas - Aprenda a preparar 'Pirarucu natalino' para a ceia
Bahia (Foto: Jairo Gonçalves/G1)
Peru, arroz de maturi e farofa são sugestões
de chef baiano (Foto: Jairo Gonçalves/G1)
Bahia - Veja como fazer 'Peru marinado na cachaça com cacau'
Ceará (Foto: Restaurante Vojnilô / Divulgação)
Para ceia diferente, chef sugere peixe no sal
grosso (Foto: Restaurante Vojnilô / Divulgação)
Ceará - Peixe e castanha de caju podem fazer a diferença na ceia
Brasília (Foto: Reprodução/G1)
Sorvete de Baru é simples de fazer
(Foto: Reprodução/G1)
Distrito Federal - Chef dá receita de
sobremesa com castanha do cerrado

Espírito Santo (Foto: Amanda Monteiro/G1 ES)
Bacalhau ganha tempero da moqueca capixaba
no Natal (Foto: Amanda Monteiro/G1)
Espírito Santo - Aprenda a fazer 'Bacalhau à capixaba' para o Natal
Goiás (Foto: Adriano Zago/G1)
Chester é servido com farofa de farinha de
milho com linguiça (Foto: Adriano Zago/G1)
Goiás - Veja como preparar 'Chester com molho de gorgonzola e pequi'
Mato Grosso (Foto: Leandra Ribeiro/G1)
 
Salpicão de pintado leva banana da terra
(Foto: Leandra Ribeiro/G1)
Mato Grosso - Aprenda a fazer 'Salpicão de Pintado com farofa de pequi'
Mato Grosso do Sul (Foto: Ricardo Campos Jr./G1)
Receita combina sabores salgados com o doce
da bocaiuva (Foto: Ricardo Campos Jr./G1)
Mato Grosso do Sul - Culinarista ensina  risoto de carne de sol e bocaiuva
Minas Gerais (Foto: Reprodução/G1)
Carne é assada ao molho de goiabada
(Foto: Reprodução/G1)
Minas Gerais - Chef ensina receita de costelinha com farofa ‘Romeu e Julieta’
Triângulo Mineiro (Foto: Andréia Cândido/G1)
Para chef, mistura de graviola e cachaça cria
sabor 'inusitado' (Foto: Andréia Cândido/G1)
Triângulo Mineiro - Aprenda a fazer 'Arrumadinho de tambaqui'
Paraíba (Foto: Inaê Teles/G1)
 
Para chef, prato valoriza elementos da cultura
regional (Foto: Inaê Teles/G1)
 
Paraíba - Arroz vermelho, jerimum e camarão dão toque nordestino à festa
Paraná (Foto: Vinícius Sgarbe/G1)
 
Véreneke pode ser servido como prato
principal  (Foto: Vinícius Sgarbe/G1)
Paraná - Aprenda receitas ucranianas para ceias criativas
Pernambuco (Foto: Luna Markman/G1)
Carne de porco é temperada com ervas
regionais (Foto: Luna Markman/G1)
Pernambuco - Cachaça e macaxeira dão toque nordestino à ceia com pernil suíno
Rio de Janeiro (Foto: Túlio Mello)
Salada de batatas e cuzcuz marroquinos são
opções leves (Foto: Túlio Mello/G1)
Rio de Janeiro - Chef carioca aposta em pratos leves e saudáveis
Peru à Paulista (Foto: Raul Zito/G1)
Chef ensina receita de ave recheada com
cuscuz (Foto: Raul Zito/G1)
São Paulo - Aprenda a fazer um 'Peru à paulista' para a ceia de Natal
SP - interior (Foto: Eric Mantuan/G1)
Receita pode ser servida com salada
(Foto: Eric Mantuan/G1)
SP Interior - Crepe de alcachofra é opção de entrada nas festas

POP & Arte

Estudo rejeita que 27 anos seja 'idade maldita' para músicos

Amy Winehouse, Jim Morrison e Kurt Cobain morreram com a idade.
'Clube dos 27' não passa de um mito, afirmam pesquisadores.


Da EFE
 
A cantora Amy Winehouse (Foto: AP)
 
A cantora Amy Winehouse (Foto: AP)
 
Músicos como Amy Winehouse, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e Janis Joplin morreram aos 27 anos, uma coincidência que agora um estudo estatístico se encarrega de pôr em perspectiva, ao qualificar de "mito" que essa idade seja uma "maldição".
Enquanto a fama pode aumentar o risco de morte dos músicos em plena juventude, provavelmente devido a uma vida de excessos, esse risco não se limita aos 27 anos, afirmam os autores do estudo, publicado nesta terça-feira na edição natalina do "British Medical Journal".
Os pesquisadores, liderados por Adrian Barnett, da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália, advertem que os músicos famosos têm probabilidade duas ou três vezes maior de falecerem prematuramente entre 20 e 30 anos que a população geral do Reino Unido.
Desde meados do século passado, mais de 40 intérpretes passaram a engrossar o chamado "Clube dos 27", integrados por jovens estrelas mortas com essa idade considerada "maldita".
Entre eles, além dos já citados estão Brian Jones, co-fundador dos Rolling Stones, que se afogou em 1969, e a cantora espanhola Cecilia, morta em um acidente de trânsito em 1976. Alguns deles morreram em acidentes, outros se suicidaram e muitos sofreram uma overdose de drogas ou álcool.
A equipe de Barnett pôs a toda prova a tese do "Clube dos 27" ao estudar o índice de mortalidade entre 1.046 músicos que colocaram pelo menos um álbum no topo das paradas britânicas entre 1956 e 2007.
Durante esse período faleceram 71 deles (7%), incluindo cantores melódicos, estrelas do Heavy Metal, roqueiros e até atores dos Muppets.
Os autores fizeram uma análise matemática para calcular a incidência dos 27 anos nos falecimentos, e determinaram que o risco de morte não alcança um pico a essa idade, embora entre 20 e 30 anos seja maior que entre a população geral.
Também comprovaram que houve muitas mortes entre músicos que tinham entre 20 e 40 anos na década de 1970 e no início dos anos 80.
Surpreendentemente, não ocorreram falecimentos nesse grupo de idade no final dos anos 80, algo que pode se dever à melhora nos tratamentos para overdose de heroína ou à mudança de estilo musical, que passou do hard rock de 1970 ao pop de 1980.
Por tudo isso, o estudo conclui que o "Clube dos 27" é apenas um mito, mas alerta sobre o maior risco de morte entre 20 e 30 anos.

Thiaguinho comenta 'tesão musical' com últimos shows do Exatasamba

Após fim da turnê do grupo, pagodeiro grava DVD da carreira solo em abril.
'Leio quase tudo no Twitter. Babacas covardes não me abalam', diz ao G1.

Braulio Lorentz Do G1, em São Paulo
 
 
O cantor Thiaguinho (Foto: Divulgação)
 
O cantor Thiaguinho (Foto: Divulgação)
 
Um ano após a reunião que definiu o futuro do grupo, em fevereiro passado, é chegada a hora dos shows derradeiros do Exaltasamba. Os últimos compromissos do grupo serão durante o Carnaval, mas Thiaguinho já começa a colecionar seus primeiros hits da carreira solo.
"Estou já com o repertório 'definidaço', louco para lançar as músicas. São cada vez mais ideias", conta em entrevista ao G1 por telefone. A gravação do disco está marcada para abril, em São Paulo. "Serão três convidados, todos ídolos meus", adianta, sem dar mais detalhes.
O plano de Thiaguinho era se dedicar à carreira solo apenas em 2012, mas convites para integrar trilhas de novelas da TV Globo o fizeram rever a agenda. "Mamão com mel", de Gonzaguinha, foi parar na trama de "Aquele beijo", e "Buquê de flores" ganhou a trilha de "Malhação". "Eu esperaria até fevereiro para lançar. Mas resolvemos soltar logo nas rádios. Há uma mudança de cultura, principalmente por causa da internet", diz. Para ele, hoje é natural que um CD seja lançado com músicas já estouradas na TV, nas rádios e no YouTube, em vídeos que não são oficiais, mas cujo desempenho ele segue de perto.
Thiaguinho acompanha até mesmo comentários sobre seu trabalho e sua vida pessoal no Twitter. Houve até quem chamasse a atriz Fernanda Souza, com quem namora desde março, de Yoko Ono do pagode - em alusão à viúva de John Lennon, associada ao fim dos Beatles.
O cantor já deu risada ao saber da brincadeira, até porque a decisão que sacramentou a pausa do Exalta foi realizada antes do começo do namoro. "Eu leio quase tudo no Twitter. Tem uns babacas covardes, mal amados. Mas não me abalam. A quantidade de energia positiva é muito maior do que a de energia negativa. Meus fãs sabem muito bem o que eu penso", comenta.

Thiaguinho ao lado de seu maior parceiro Rodriguinho, ex-Os Travessos (Foto: Divulgação)
 
Thiaguinho ao lado de seu parceiro Rodriguinho, ex-vocalista do grupo Os Travessos
(Foto: Divulgação)
 
Revelado no programa "Fama", em 2002, e vocalista da banda desde 2003, Thiago André Barbosa fala da iminente despedida do Exaltasamba. "A sensação é de missão cumprida", sintetiza. "Foram anos maravilhosos que passamos juntos. O clima está tranquilaço. Eu e Péricles [vocalista do Exaltasamba] estamos envolvidos com outros projetos. Existe um tesão musical de ir atrás de coisas novas. Estamos tendo que provar mais uma vez para a galera. É gostoso fazer sucesso, mas é sempre bom buscar algo a mais."
Músicas que escreveu para Michel Teló ("Fudiginha"), Fiuk ("Sou eu") e outros devem pintar no registro solo. O maior parceiro continua sendo Rodriguinho, ex-vocalsita do grupo Os Travessos com quem escreve desde 2004. Além dele, o time tem Gabriel Barriga e Pézinho. Tomate, ex-homem de frente do Rapazolla, e Luiza Possi são os reforços para esta nova fase. "São pessoas de vários segmentos, não gosto de me limitar", explica Thiaguinho.

G 1  Rio de Janeiro

Vídeo mostra como polícia encontrou em casa R$ 3,9 milhões de bicheiros

Notas estavam escondidas em locais como forro de telhado e vaso sanitário.
Operação foi realizada na cada do tio do presidente da Grande Rio.

Do G1 RJ, com informações do Jornal Nacional
 

Imagens gravadas durante uma operação da Polícia Civil, nesta terça-feira (20), mostram o momento em que os agentes encontram dinheiro dentro da casa do tio de um suspeito de envolvimento com o jogo do bicho, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Parte das notas foi encontrada no forro do telhado e no sótão.
No vídeo, policiais arrombam a porta de um armário e encontram uma caixa de isopor com notas de R$ 50 e R$ 100 dentro.
De acordo com a polícia, foram apreendidos R$ 3.914.080,00. A quantidade de dinheiro foi tanta que lotou um carrinho de supermercado. De acordo com a polícia, o material é lucro do jogo do bicho. O valor será depositado em uma conta do poder judiciário.

A operação, que durou 20 horas, foi realizada na cada do tio do presidente da escola de samba Grande Rio, Hélio de Oliveira, o Helinho da Grande Rio. Ele está foragido desde semana passada, quando a polícia prendeu 44 pessoas suspeitas de envolvimento com o jogo do bicho. Os agentes receberam uma denúncia anônima dizendo que Helinho estaria escondido no imóvel.
“Encontramos também uma planilha da movimentação de apenas um mês, mês de setembro, de apenas uma célula, que são os pontos da cidade de Duque de Caxias, e na contabilidade feita por eles, esses pontos alcançam um rendimento maior que R$ 3 milhões”, disse a chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha.

Advogado foi preso durante ação

A ação começou ainda na segunda-feira (19). Enquanto os policiais não tinham autorização da Justiça para entrar, observavam como podiam. O advogado da família, Gaspar Pegado Batista Junior, reclamou: “O policial em pé numa árvore olhando para casa das pessoas. Imagina se tem alguém nu na piscina?”, reclamou ele.

A ordem para começar as buscas veio às 6h desta terça-feira. O advogado Gaspar Pegado Batista foi preso em flagrante por fraude processual e vai responder em liberdade depois de pagar fiança.
Todo o material apreendido foi levado para a sede da chefia de Policia Civil. O dinheiro ocupou boa parte da mesa que tem sete metros de comprimento: “Muito documento foi destruído à noite, você percebe com a perícia que foi feita no local. Tem muito, muito documento destruído no esgoto dessa casa”, disse o delegado Glaudiston Lessa.
Veja o site do Jornal Nacional

Professor universitário preso por tentativa de roubo fala sobre vício

Homem foi preso após atacar uma mulher na Zona Norte de SP
Ele contou que estava sem comer e dormir há sete dias por causa das drogas.

Do G1 SP
 

O professor universitário de 42 anos que foi preso na noite desta terça-feira (20) por suspeita de tentativa de roubo na Zona Norte de São Paulo falou sobre o vício em drogas após a prisão. De acordo com o delegado Wagner Camargo Gouveia, da 4ª Delegacia Seccional, o homem é usuário de drogas e usou um caco de vidro para tentar levar a bolsa de uma mulher.
“Sete dias sem comer, sem dormir, me encontro pela primeira vez na vida dentro de uma delegacia, preso por roubo, por vontade de usar mais, porque meu dinheiro tinha acabado”, afirmou o professor Cassiano Birg Ihon após a prisão.
O professor foi preso na Rua Voluntários da Pátria. “Ele tentou puxar a bolsa de uma senhora e uma equipe [da delegacia] que passava conseguiu prendê-lo”, diz o delegado. Segundo Gouveia, o homem contou na delegacia que ganhava bem como professor de computação em universidades, mas acabou viciado em crack. O crime aconteceu por volta das 18h30.
A vítima não ficou ferida. O professor foi preso em flagrante e vai responder por roubo. Se condenado, pode pegar de quatro a dez anos de reclusão.
Tratamento
A Prefeitura de São Paulo oferece nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ajuda para os viciados em drogas e álcool. Os endereços dos CAPs podem ser encontrados no site da Secretaria Municipal de Saúde.
 

TJ-RJ concede liberdade para comandante do 7º BPM

Coronel Djalma Beltrami foi preso suspeito de receber propina.
Segundo a polícia, ele recebia dinheiro para não reprimir o tráfico de drogas.

Do G1 RJ
 

O plantão judiciário do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) concedeu o habeas corpus do comandante do 7º BPM (São Gonçalo), coronel Djalma Beltrami, na madrugada desta quarta-feira (21). A decisão foi do desembargador Paulo Rangel. As informações são do plantão judiciário, que afirma ainda que o coronel já está em liberdade. Ele deixou o Quartel General da Polícia Militar, no Centro do Rio, durante a madrugada.
Beltrami foi preso na segunda-feira (19), sob suspeita de receber propina para não reprimir o tráfico de drogas em São Gonçalo, na Região Metropolitana.
Na terça-feira (20), dois ex-comandantes-gerais da Polícia Militar saíram em defesa do coronel. Os oficiais dizem que acreditam na inocência de Beltrami e alegam que a prisão foi arbitrária e sem provas.
Os ex-comandantes gerais da Polícia Militar Ubiratan Ângelo e Mário Sérgio Duarte, além do coronel Fernando Belo da Associação de Oficiais visitaram Beltrami, acusado de corrupção e tráfico de drogas.
Os ex-oficiais protestaram e alegaram que as gravações apresentadas pela Polícia Civil não são suficientes para incriminar Beltrami, que era comandante do 7º BPM (São Gonçalo).
"Nunca foi uma pessoa de ostentar luxo. Nunca foi uma pessoa que nós tivéssemos qualquer ruído ou suspeita sobre a sua conduta", argumentou o coronel Ubiratan Ângelo.
"Nós ficamos bastante indignados com essa prisão. Não havia motivo algum para que o coronel fosse preso. Minha vinda aqui é para prestar solidariedade e dizer que acredito na inocência do coronel Beltrami", comentou o ex-comandante-geral Mário Sérgio Duarte.
"Se tem prova, que apresente. Se não tem, que venha com toda dignidade dizer - errei. O erro é crasso. O erro é doloso sobretudo", falou o coronel Belo, da Associação de Oficiais da PM.
Escutas telefônicas
O ex-comandante Beltrami, preso na segunda-feira (19) dentro do batalhão, foi levado para o Quartel General da Polícia Militar, no Centro do Rio, por decisão da Justiça. Ele não está em uma cela, mas em uma sala do quartel. Em princípio, a prisão do coronel é temporária pelo prazo de 30 dias.
As gravações foram divulgadas pela Polícia Civil e mostrariam conversas entre traficantes e PMs do quartel de São Gonçalo. Nas conversas há referências ao pagamento de propina ao 01, que segundo o delegado Alan Luxardo, que comandou as investigações, seria o coronel Djalma Beltrami.
"Nós temos provas de que esse esquema funcionaria após a gestão dele, então isso está comprovado tanto por interceptações telefônicas e outros meios de prova, e em relação a isso, não há o que se discutir", falou o delegado Alan Luxardo.
O atual comandante-geral da Polícia MIlitar, Erir da Costa Filho, ainda não se pronunciou sobre a prisão de Djalma Beltrami. A defesa do coronel informou que vai pedir a revogação da prisão, por considerar que não há indícios de envolvimento de seu cliente. Segundo o advogado, o pedido só não foi feito porque ele ainda não teve acesso às investigações da polícia
Onze PMs presos
Na segunda-feira (19), onze policiais militares foram presos durante a  operação "Dezembro Negro", comandanda pela Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Eles são acusados de corrupção e associação para o tráfico de drogas. Outros dois PMs ainda são procurados pela polícia.
No mesmo dia, outras sete pessoas foram presas suspeitas de participarem do tráfico de drogas do Morro da Coruja, em São Gonçalo. Neste grupo, segundo o delegado Alan Luxardo, há três menores. O delegado afirmou, ainda, que alguns traficantes que atuam na comunidade fugiram do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, após ocupação em 2010.
Na operação também foram apreendidos cinco quilos de maconha, sacolés de cocaína, um radiotransmissor e um revóler calibre 38.

Escuta
Os dois interlocutores da escuta telefônica fazem referência a uma pessoa conhecida como "zero um" que, segundo a investigação, seria o comandante Djalma Beltrami. As patrulhas da PM são tratadas de "gêmeas”. No entanto, o comandante Beltrami não aparece em nenhuma conversa gravada pela polícia. Veja o diálogo:
Policial: “Só que também vai ter que levantar, aumentar aquele negócio, porque tem gente, rapaziada mais alta chegando, vai ser tudo, tudo com a gente, entendeu? Vai ser tudo com este telefone que você tá falando aí, tudo com o 'zero um', entendeu?”
Traficante: “Olha só, eu quero perder pra vocês, entendeu. E perder pro cara que assumiu agora, eu tenho condições de dar 10 pra ele por semana, entendeu?”
Policial: “10 pra, pra... Tem que ser pra cada "gêmea", por final de semana”
Traficante: “Como é que vou dar 10 pra 'tú'? E depois tem que dar tanto pras outras "gêmeas"?
Tá louco, aí eu morro, fico na 'bola', a boca não é minha, não, cara”.
Além das escutas, a investigação também teve por base imagens de circuito interno de um posto de gasolina, e do GPS de duas viaturas do GAT. “Cruzando-se a informação dos investigadores, que deslocados visualizaram a negociação, com as imagens do posto de gasolina e com os dados dos GPS, chegou-se à conclusão de que os militares que integravam aquelas guarnições negociaram e receberam o dinheiro sujo”, disse o promotor Tulio Caiban.
Comandante é ex-juiz de futebol
Beltrami comandou equipes em momentos de grande repercussão, como o massacre da escola de Realengo, na Zona Oeste, em abril, quando 12 crianças foram mortas. Mas o comandante ganhou fama numa carreira paralela a de policial, nos gramados: durante 22 anos ele foi juiz de futebol.
De acordo com o Globoesporte.com, Beltrami, paulista de 45 anos, fez parte do quadro de árbitros da Ferj de 1989 a 2011, quando se aposentou por idade em maio. Também era dos quadros da CBF (1995 a 2010) e da Fifa (2006 a 2008).
Durante investigações de assassinatos relacionados ao tráfico de drogas, agentes descobriram a corrupção policial. Os PMs receberiam propina de R$ 160 mil por mês.
Investigações começaram há 7 meses
As investigações, que começaram há sete meses, apuravam o tráfico de drogas na Região dos Lagos. Segundo a Polícia Civil, as drogas saíam de favelas como Parque União, Manguinhos e Nova Holanda, no subúrbio, e seguiam para o Morro da Coruja, em São Gonçalo. PMs recebiam propina para não reprimir a chegada dos entorpecentes à comunidade. De lá, as drogas eram levadas para São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.
De acordo com a Polícia Civil, agentes visavam cumprir também 11 mandados de prisão contra suspeitos de tráfico no Morro da Coruja, em Neves, além de outros nove de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. Na chegada à comunidade, houve troca de tiros e um suspeito morreu.
Djalma Beltrami assumiu o 7º BPM após a prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, acusado de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli. Patrícia foi executada com 21 tiros ao chegar em casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, em agosto. Ao todo, 11 PMs foram denunciados pelo Ministério Público como participantes da morte da magistrada. O tenente-coronel e um tenente foram transferidos na semana passada para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).


Aprovado 7 vezes na USP, candidato de 48 anos volta a insistir na Fuvest

Desde 1985, Claudio Spanos passou nove vezes para a 2ª fase da Fuvest.
Ele cursou medicina, cinema, odontologia e letras, e só se formou em direito.

Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo
 
Claudio vai prestar medicina na Fuvest (Foto: Raul Zito/G1)
 
Claudio Spanos na Praça do Relógio, na Cidade Universitária, em São Paulo   (Foto: Raul Zito/G1)
 
Nos últimos 26 anos, o vestibular mais concorrido do Brasil convocou Claudio Pace Spanos nove vezes para a segunda fase. Na segunda-feira (19), lá estava ele novamente, dessa vez entre os 31.503 candidatos que ainda têm uma chance de passar na Fuvest 2012.
Muitos podem considerá-lo um "craque" da segunda fase, já que foi aprovado em sete das oito provas de conhecimento específico que realizou. Mas Claudio, hoje com 48 anos, se diz realista e não nutre muitas esperanças de conseguir nota suficiente nos exames dos dias 8, 9 e 10 de janeiro e se matricular na Universidade de São Paulo (USP) no ano que vem.
O motivo, segundo ele, é a alta competitividade atual entre os candidatos. "As notas são muito altas, tem gente há cinco anos estudando para prestar medicina, hoje é muito difícil", afirmou.
Foi justamente no ano passado, prestando medicina, que Claudio perdeu sua invencibilidade como vestibulando da Fuvest. Mesmo assim, ele decidiu tentar novamente, dessa vez com maior dedicação: desde maio faz cursinho e, em agosto, abandonou a carreira de 15 anos na advocacia para se dedicar à vida de vestibulando - que, em termos quantitativos, seria sua segunda profissão mais duradoura.

O histórico de Claudio Spanos na Fuvest
ANOCARREIRARESULTADO
1985medicina na Escola Paulista de Medicinafoi aprovado, mas não cursou
1986medicina na Faculdade de Medicinafoi aprovado e cursou parcialmente
1987cinemafoi aprovado e cursou parcialmente
1992odontologiafoi aprovado e cursou parcialmente
1995direitofoi aprovado e concluiu o curso
2000letrasfoi aprovado e cursou parcialmente
2010letrasfoi aprovado, mas não cursou
2011medicina na Faculdade de Medicinanão passou na segunda fase
2012medicina na Faculdade de Medicinapassou para a segunda fase, que acontece em janeiro de 2012
Começo tradicional
Fruto de uma mistura entre inteligência, curiosidade, esforço e inconformismo, a relação de Claudio com a Fuvest começou da maneira mais tradicional possível: quando terminava o colégio, o então adolescente se inscreveu no vestibular. Foi aprovado de primeira.
"Mas era na Escola Paulista de Medicina, e minha primeira opção era a Faculdade de Medicina da USP, em Pinheiros, então decidi fazer um ano de cursinho." Na Fuvest 1986, ele foi novamente aprovado, desta vez onde queria estudar.
No ano seguinte, Claudio tentou o vestibular para cinema e foi aprovado pela terceira vez consecutiva.
Na época, a USP permitia que um estudante estivesse matriculado em dois cursos ao mesmo tempo, por isso, ele passou alguns anos entre as duas carreiras. "Mas acho que na época eu não tinha maturidade, não estava a fim de estudar."
Cansado da vida dupla de universitário, ele abandonou os dois cursos e decidiu se mudar para a Califórnia, nos Estados Unidos, onde viveu durante cerca de dois anos.
Incentivo
De volta ao Brasil, mas ainda sem a certeza de que as aulas de medicina eram o que queria, Claudio foi incentivado por um amigo cirurgião plástico, com quem trabalhava na época, a cursar odontologia para seguir no ramo, na área de cirurgia facial.
Mesmo após cinco anos longe dos livros, ele passou pela quarta vez na USP, na Fuvest 1992. "Naquela época eu tinha que ir ao jornaleiro para ver o resultado", lembrou.
Estou sempre me reciclando. No fundo é tudo um processo. Acho que a questão é não se acomodar"
Claudio Spanos, vestibulando de medicina
No curso de odontologia, Claudio durou três anos, mas sabia que não seria feliz seguindo a carreira. Para ele, rumos profissionais nem sempre acontecem como planejado, e por isso se recicla tanto "No fundo é tudo um processo. Acho que a questão é não se acomodar."
A guinada seguinte em sua vida também esteve vinculada à Fuvest. Deu certo, e ele, já com 30 anos, virou calouro da Faculdade de Direito da USP.
Aos poucos, ele foi se tornando um exemplo não só de que nunca é tarde para recomeçar, mas também de que, em nome da felicidade e da realização pessoal, também é possível recomeçar mais de uma vez.
Nos mais de dez anos seguintes, muita coisa se passou na vida de Spanos. Uma delas foi a conquista de seu primeiro e, por enquanto, único diploma de graduação. Enquanto construía sua carreira como advogado autônomo criminal e civil, ele se casou, comprou uma casa e tomou uma decisão muito comum entre os ex-uspianos: prestar vestibular para uma segunda graduação para manter o vínculo com a universidade.
Ele escolheu um curso diferente (letras), mas obteve o mesmo resultado positivo. Claudio chegou a cursar um ano da carreira, mas acabou não conseguindo conciliar os estudos e o trabalho.

Formado em Direito, Spanos já cursou medicina, cinema, odontologia e letras (Foto: Raul Zito/G1)
 
Formado em direito, Spanos já cursou medicina, cinema, odontologia e letras
(Foto: Raul Zito/G1)
 
Com o passar do tempo, porém, ele voltou a se sentir insatisfeito e viu crescer sua vontade de mudar de vida novamente, dessa vez de maneira mais madura e estabilidade financeira que nos anos 80.
Recomeço inusitado
Ao ver seu desempenho no vestibular para letras da Fuvest 2010, ele se animou a um desafio maior. "Prestei a Fuvest e fui muito bem, então eu falei: 'se eu estudar, posso entrar em uma coisa que eu goste mesmo'." Foi assim que, mais de 20 anos depois, ele voltou então à primeira carreira que decidiu cursar, mas sem qualquer arrependimento ou sensação de tempo perdido.
Na Fuvest 2011, os 71 pontos que Spanos fez na primeira fase passaram rentes à nota de corte, e as perguntas sobre os livros do vestibular fizeram com que ele fosse reprovado pela primeira vez. Neste ano, ele se matriculou e passou a se dedicar exclusivamente ao vestibular.

O esforço acadêmico, aliado à maturidade e ao auto-conhecimento, tem valido a pena. Claudio acabou acertando 168 questões no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 77 das 89 questões da Fuvest e 80 das 90 questões da Unesp. Ele também prestou a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O Brasil é um país em que falta médico. Se tiver opção de ir para uma cidade menor, eu iria para essas comunidades que realmente precisam de médicos"
Claudio Spanos
Sem filhos, separado e sem a necessidade de construir um currículo do zero, Claudio não vê o diploma com os mesmos olhos da maioria de seus concorrentes recém-formados no ensino médio. Se não passar na USP, ele quer usar a nota do Enem para estudar "em qualquer cidade de praia", como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Inspirado por "médicos muito bacanas" que conheceu, como um professor da USP "fantástico, ético e com amor à profissão", Cláudio quer exercer a medicina em regiões brasileiras com defasagem de profissionais de saúde.
"Acho que o que importa é dar um jeito de colaborar de alguma maneira, não dá para estar aqui de férias. A maioria é contrário, é gente que está atrás de dinheiro."

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