domingo, 13 de novembro de 2011

Pequenas Empresas Grandes Negócios



10 dicas para fazer um bom comércio eletrônico


Planejamento, tecnologia e logística são alguns dos elementos que precisam ser pensados para desenvolver uma boa loja on-line
Por Rafael Farias Teixeira
Editora Globo

Como elaborar uma estratégia de comércio eletrônico de sucesso? Alexandre Miranda e Mauricio Salvador, donos da consultoria GS Ecommerce e da Ecommerce School, escola com foco em comércio eletrônico e marketing on-line, afirmam que as empresas precisam pensar no e-commerce como um canal de venda integrado a todos os outros.
“Muitos negócios veem seus canais de venda – loja física, site, revendedores – como concorrentes entre si”, afirma Salvador. “É preciso integrar todos eles para gerar mais vendas.” A dupla conversou com o site da Pequenas Empresas & Grandes Negócios e deu 10 dicas para construir um boa estratégia de e-commerce para a sua empresa.

1) Planeje. Antes de montar seu site de comércio eletrônico, saiba exatamente como ele será, o que irá disponibilizar e quanto você poderá gastar para tornar isso realidade.

2) Entenda a parte burocrática. Para sites de e-commerce, principalmente no varejo, fique de olho nos impostos e nas taxas que precisarão ser pagas. Muitas leis são diferentes para o comércio eletrônico, portanto comece sua estratégia bem informado.

3) Analise a melhor plataforma para seu negócio. Hoje há no mercado diferentes plataformas para sites de comércio eletrônico, com preços e funcionalidades diferentes. Analise todas para saber qual é a melhor para o objetivo que sua loja on-line quer atingir.

4) Produza conteúdo. Além dos produtos, o seu site precisa ter conteúdo que atraia visitas e ajude na sua conversão em vendas.

5) Fique de olho na logística. Grandes empresas contam com distribuidores que, mesmo sendo experientes, ainda sofrem com problemas na entrega e atrasos. O empresário precisa lidar com os Correios e levar em conta eventualidades como greves. Saiba como atender a demanda dos seus clientes de antemão.

6) Alternativas para divulgação. Pense em outras formas de divulgar seu site, conteúdo e produtos. Não dependa apenas de sites de buscas ou links patrocinados. Nessa parte, é importante considerar as mídias sociais para gerar mais tráfego para a sua página e aumentar a taxa de conversão em vendas.

7) SAC 2.0. Use as mídias sociais, como o Twitter, também para cuidar do atendimento ao consumidor. Lidar com problemas e reclamações nesses ambientes ajuda a fidelizar clientes.

8) Formas de pagamento. Ofereça o maior número de opções de pagamento. Atualmente, consumidores são atraídos também pelas facilidades de parcelamento. Use ferramentas eletrônicas para evitar possíveis fraudes.

9) Adquira certificações. É possível ter certificações virtuais que atestam a segurança e a qualidade dos serviços prestados pelos sites. Elas ajudam nas decisões do consumidor.

10) Rastreie seus passos. Fique de olho em cada etapa da sua estratégia de comércio eletrônico para saber a taxa de sucesso de cada uma delas. Você poderá replicar as bem-sucedidas, melhorar as mais fracas e esquecer as malsucedidas.

50 ideias de negócios


Clique nos ícones coloridos da animação abaixo e acesse os mercados que oferecem boas oportunidades para quem quer aproveitar o crescimento econômico do país e abrir o próprio negócio. Os investimentos variam de R$ 18 mil a R$ 2,2 milhões
Por Katia Simões, Sérgio Tauhata e Wilson Gotardello Filho / Animação: Marcio Taú
 
18 mil a R$ 2,2 milhões
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Leis e Taxas / Mundo legal

O Fisco aperta mais o cerco


O sistema público de escrituração digital exige atenção: erros na nota fiscal eletrônica são identificados facilmente pela receita e podem gerar multas de até 100% do faturamento

por Sérgio Tauhata; ilustração: Daisy Biagini
.Editora Globo
Tudo parecia colaborar para o sucesso do negócio: mercado aquecido, produção crescente e clientes satisfeitos. Mas bastou a chegada de um fiscal para o mundo desabar. O resultado da visita foi uma multa correspondente à metade do faturamento bruto do ano inteiro. Atônitos, os sócios não entendiam como aquilo podia ter acontecido. O desastre se deveu a uma confusão aparentemente pequena: durante um ano, em vez de arquivar as versões digitais das notas fiscais eletrônicas (NFe), os empresários guardaram e enviaram aos clientes apenas cópias em papel. O problema é que os impressos não têm validade. E, pela legislação, vendas com documentação irregular podem gerar multas de 50% a 100% do valor de cada transação.

A história pode parecer apenas um alerta para os riscos de desinformação sobre o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), mas aconteceu de verdade. O caso foi atendido pela CCDE, empresa especializada em gestão e custódia de documentos fiscais eletrônicos. “Com o Sped, o governo sabe todos os detalhes do negócio quase instantaneamente. Se a empresa tiver algum problema nos documentos fiscais, será autuada. É questão de tempo”, afirma Renato Lui, sócio da CCDE. O negócio citado acima vai sobreviver, mas levará anos para se recuperar. “No novo mundo virtual, papel não vale nada para efeito de fiscalização”, avisa Robison Chan Tong, analista fiscal da consultoria Prolink. Ele explica que os empreendimentos obrigados a emitir NFe têm de guardar os arquivos digitais XML devidamente validados, além de enviar uma cópia para o comprador.

Não é só o emissor que corre riscos — o cliente também, quando é pessoa jurídica. Ao receber sua cópia da nota fiscal eletrônica, a empresa deve certificar-se de que o documento está validado pela Secretaria de Fazenda do estado pela qual a vendedora fez a emissão. Receber mercadorias com irregularidades pode gerar multa de 35% sobre o valor.

As informações constantes na nota fiscal têm de estar 100% corretas. E é no detalhe que mora o perigo. Dependendo da versão, um documento desse tipo reúne de 200 a 300 campos. As informações devem corresponder exatamente às armazenadas nos órgãos oficiais. Uma pequena divergência, mesmo que provocada por um erro de digitação, implica multa de R$ 328,40 para cada docu-mento.

O grande problema, entretanto, é a possibilidade de a NFe ser invalidada posteriormente. “Tenho clientes com notas autorizadas que receberam punições por irregularidade um ano depois”, afirma Marco Antonio Pinto de Faria, do grupo Skill. Embora os governos estaduais e federal ofereçam ferramentas on-line gratuitas para emissão de NFe, o especialista aconselha os empresários a investir em sistemas próprios para automatizar a checagem e a validação das informações. “Quanto mais manual for o processo, maior a chance de haver erros”, diz Faria.

Empresas desinformadas também se confundem com o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe). Muitas armazenam essa documentação por acreditar que equivale à NFe. Mas trata-se de um certificado expedido apenas para o transporte dos produtos. O Danfe só precisa ser guardado pelos empreendimentos que ainda estão fora da legislação da NFe (veja no quadro abaixo as exigências de acordo com o perfil da empresa). A multa de 100% sobre o valor da operação só ocorre se houver divergência entre as informações da nota fiscal e as do Danfe. “Em geral, nesses casos as empresas agiram de má-fé. Por exemplo: emitiram uma nota com um valor, mas enviaram o equivalente ao dobro de produtos”, explica o advogado tributarista Marcelo Salomão.

Editora Globo
ALÉM DA NOTA FISCAL
Atualmente, 85% das empresas são obrigadas a emitir a NFe. Isso equivale a quase toda a indústria e o varejo — e independe do tamanho do negócio. Qualquer empreendimento que recolha ICMS ou impostos federais está incluído. O critério é o código de atividade (Cnae), que pode ser consultado nos portais dos órgãos estaduais ou na página especial do Ministério da Fazenda (http://www.nfe.fazenda.gov.br/).

Outros módulos do Sped oferecem risco em caso de descumprimento de normas. O Sped contábil hoje é exigido das companhias que apuram o Imposto de Renda pelo lucro real. A partir de 2012, as empresas de lucro presumido também entram na obrigatoriedade. Quem deixar de entregar as informações paga multa de R$ 5 mil por mês e não pode participar de concursos e licitações públicas.

O Sped fiscal é obrigatório para as empresas que recolhem ICMS ou IPI. O valor da multa é o mesmo do módulo contábil pela falha na entrega das informações.
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Esvaziar a cabeça é fundamental para produzir mais


Aumentar a eficiência, sem perder a qualidade de vida: esse é o objetivo do programa criado por David Allen, o guru mundial da produtividade

por Marisa Adán Gil
   Divulgação
Você liga o computador e encontra quinhentos e-mails o aguardando. A secretária eletrônica pisca com dezenas de recados ainda por responder. Seu bloco de anotações tem uma lista enorme de tarefas que você provavelmente não terá tempo de cumprir. Quando começa a se debruçar sobre os itens, o telefone toca: é um fornecedor, querendo marcar uma reunião urgente. Como se organizar diante de tantas demandas? É possível ter um alto índice de produtividade e, ao mesmo tempo, manter a qualidade de vida? As duas questões estão no centro do método GTD, ou Getting Things Done (em uma tradução livre, “Realizando tarefas”), criado pelo consultor norte-americano David Allen, de 65 anos. Considerado uma espécie de guru da produtividade, o autor do best-seller A Arte de Fazer Acontecer viaja pelos Estados Unidos levando o programa GTD a empresas como Sony e Microsoft e instituições como a Força Aérea Norte-Americana. Apesar de contar com técnicas e ferramentas sofisticadas, o método tem como base um pensamento simples: libere sua mente, e a produtividade virá.

Você criou um método para aumentar a produtividade que também promete melhorar a qualidade de vida de executivos e empresários. Como isso funciona? Eu acredito que as duas coisas andam juntas. Quanto melhor for a sua qualidade de vida, mais produtivo você será, e vice-versa. Desde a época da faculdade, sempre me interessei por métodos e técnicas capazes de ampliar a minha capacidade de produzir, de realizar. Eu me envolvi com essa questão porque eu estava focado na experiência humana, queria saber que tipo de coisas eu poderia fazer sem mudar quem eu era. Meu objetivo não era ganhar mais dinheiro, e sim melhorar a qualidade da experiência, ser mais livre, mais flexível. Depois de passar por 30 empregos diferentes, percebi que eu mesmo teria que encontrar a resposta.

Vamos falar da sua vida antes de você criar o método. Você estudou história americana, mas largou a faculdade, certo?
Sim. Eu era fascinado pela história americana, mas depois descobri que queria ter mais experiências mais ligadas à vida real. Estava mais interessado em modelos culturais do que em datas, se é que você me entende.

Você costuma dizer que, nessa época, iniciou uma busca por Deus, pela verdade e pelo universo. Como foi isso? E como esse processo de autoconhecimento está relacionado com o mundo dos negócios?
Eu ainda estou em busca de tudo isso. Bom, a busca está relacionada com Deus, mas também com o modo como você lida com as pessoas, com a maneira como enxerga a sua vida. Se o seu destino é estar aqui na Terra e viver novas experiências, seja na vida pessoal ou na profissional, então deve aproveitar para aprender mais sobre si mesmo. Acredito que, se agimos conscientemente no dia a dia, podemos aprender muito sobre quem somos. É maluco isso, mas muita gente faz as coisas sem saber por que está fazendo. Quanto mais atento você está ao que faz, quanto mais você direciona a sua energia, menor é o desperdício e maior é o seu crescimento. É bom para os negócios, mas também o ajuda a crescer como ser humano.

Seu programa, o GTD, segue alguns passos básicos. O primeiro deles seria “esvaziar a cabeça” e “colocar tudo em um lugar seguro”.
Para começar, é preciso identificar e capturar ideias, projetos e objetivos que são significativos para você, e fazer uma grande lista, a mais completa possível. Você tem que externalizar tudo isso e colocar em algum lugar onde os dados fiquem seguros: pode ser no papel, em uma pasta no computador, no iPad, não importa - desde que você saiba onde está e como acessar. O segundo estágio consiste em avaliar tudo que está na lista, sendo bem específico sobre cada item. O que aquilo significa para você? É algo que precisa de atenção imediata ou não? Que resultados espera alcançar? Qual o próximo passo para chegar lá? Isso vale tanto para um e-mail quanto para um projeto de vendas. Em seguida, vem o terceiro estágio, em que você organiza os resultados das suas decisões de uma maneira que torne fácil localizar todas as resoluções. Por fim, a quarta fase é a da revisão e da reflexão. É preciso dar um passo para trás e observar todos os seus projetos, colocando no papel o que já foi feito e o que ainda precisa ser feito. Depois de tudo isso, se você decidir tomar uma taça de vinho, vai fazer isso com tranquilidade, porque saberá exatamente o que está deixando de fazer, e isso não será um problema.

Eu faço listas o tempo todo, mas isso não parece resolver o problema. Fazer as listas é apenas a primeira fase. Se você não seguir para os outros estágios, realmente não vai adiantar nada. Diga algo que está na sua lista de pendências, qualquer coisa...
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O perfil das redes sociais, sites e blogs


Especialistas dão notas de 1 a 5 para a eficiência de cada ambiente em engajar o consumidor, fortalecer a marca, promover o desenvolvimento colaborativo e o social commerce. Confira o infográfico animado

Por Rafael Farias Teixeira / Animação: Fred Rubim
Esta reportagem é um extra da matéria “O Poder da Multidão”, publicada na edição impressa de Pequenas Empresas & Grandes Negócios (ed. 273 - outubro/2011).

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