Jornalista da revista Época entrevista com exclusividade o traficante Nem
A jornalista Ruth de Aquino, da revista Época, conseguiu o que era disputado por muitos repórteres: uma entrevista exclusiva com o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem, o chefe do tráfico na Rocinha (RJ), maior favela do Rio de Janeiro. Ruth se arriscou, antes mesmo da prisão de Nem, na última quinta-feira (10). A entrevista foi feita no dia 04 de novembro e publicada na edição desta semana da revista Época.
A exclusiva foi intermediada por uma igreja que recupera drogados e prostitutas, temerosa caso o encontro fosse gravado. “Aguardei por três horas, fui levada a diferentes lugares. Meus intermediários estavam nervosos porque “cabeças rolariam se tivesse um botãozinho na roupa para gravar ou uma câmera escondida”. Cheguei a perguntar: “Não está havendo uma inversão? Não deveria ser eu a estar nervosa e com medo?”, contou a jornalista.
Ruth conta que se surpreendeu com a cena nada hostil onde o traficante foi encontrado. “Não encontrei Nem numa sala malocada, cercado de homens armados. O cenário não podia ser mais inocente. Era público, bem iluminado e aberto: o novo campo de futebol da Rocinha”.
Nem disse que não aceitava entrevistas porque ninguém acreditava em suas palavras, mas, por sorte e ousadia, deu ouvidos à jornalista, por 30 minutos.
Durante a conversa, o traficante elogiou o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, o ex-presidente Lula e o trabalho das UPPs. Nem também falou de religião, denunciou policias corruptos, afirmou que não usa drogas e admitiu que devia pagar sua dívida com a sociedade.
A entrevista completa pode ser vista no site da Revista Época: http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2011/11/meu-encontro-com-nem.html
Luxo e requinte no litoral brasileiro
A armadora italiana MSC trará ao país o maior e mais luxuoso navio de passageiros a navegar por uma temporada pela costa brasileira. A iniciativa da empresa é resgatar para o convés a classe AAA, que deixou de fazer esse tipo de turismo com a massificação dos cruzeiros pelo país. O MSC Fantasia, como é chamada a embarcação, como todas do gênero no Brasil, tem capacidade para milhares de passageiros — para ser mais específico, comporta 3.959 hóspedes em 1.637 cabines. Contudo, ao contrário das que navegam por aqui, ela possui uma área exclusiva para os hóspedes mais afortunados. Trata-se de um espaço onde estão instaladas 71 suítes com varandas panorâmicas. Logo na entrada do Yacht Club, como foi batizado o setor de alto padrão, há uma escadaria com degraus cravados de cristal Swarovski. Cada hóspede instalado ali tem direito a um mordomo para fazer e desfazer as malas e atender qualquer mimo durante todos os horários do dia. Quem quiser também pode pedir pelos jornais diários no quarto — e eles são entregues mesmo que o navio esteja em alto-mar. Esses hóspedes também tem o consumo de bebidas e comidas já inclusos no pacote. Estilizado por um escritório de design italiano, o cruzeiro, de 27.000 metros quadrados, tem ao longo de todas as suas dependências um spa, cinco restaurantes, quatro piscinas, doze jacuzzis, um simulador de corrida da Fórmula 1 e um cinema interativo 4D — sim, isso existe. O MSC Fantasia, no entanto, só aporta no Brasil em novembro do próximo ano. Antes, passeará pelo mar Mediterrâneo.
Igor Paulin
Fotos: Divulgação
Segurança revela intimidade de celebridades no Brasil
Beyoncé é muito profissional e não se atrasa nunca; Shakira é extremamente preocupada com o corpo e malha o tempo todo; Bono Vox é um gentleman; Axl Rose é esquentadinho e Paul McCartney cismou que não ia andar de carro blindado porque queria acenar para o público antes dos shows que fez no Rio e em São Paulo. Quem garante é Renato da Silva, há 20 anos o guarda-costas oficial de praticamente todas as celebridades internacionais que visitam o país. Em sua lista de protegidos, figuram ainda Madonna, Cameron Diaz, Tom Cruise, Amy Winehouse e Justin Bieber . Só este mês, com diárias em torno de US$ 600, Renato será o responsável pela tranquilidade de Britney Spears e Ringo Starr, que fazem turnê por aqui. Em entrevista à coluna impressa em nossa revista ÉPOCA que chega hoje às bancas, ele conta isso e muito mais.
Qual o artista que deu mais trabalho?As bandas de rock fazem festas sempre e os adolescentes têm mais vontades. Justin Bieber, por exemplo, queria passar uma tarde andando de skate no Rio. Ele me perguntou se poderíamos levá-lo a algum parque, e eu vetei. Bob Dylan gostava de andar na Avenida Paulista de madrugada. E lá ia eu, num frio do cão, toda noite acompanhando-o de uma ponta à outra da avenida às três da matina. Axl Rose jogou uma cadeira em direção a um jornalista na coletiva que fizemos no Maksoud Plaza, em 1992. Foi chato.
E como foi lidar com Amy Winehouse?Esperava que fosse ser problemático, mas Amy não deu trabalho. Ela só não era muito comunicativa, ficava na dela. Tinhamos que mantê-la longe de bebidas e festas, por isso escolhemos o Hotel Santa Tereza, no Rio, distante de tudo. Parecia que ela estava sempre bêbada, mesmo quando não estava.
Já teve que, de fato, entrar em ação para proteger algum artista?Durante uma inspeção, achamos duas bombas no local do show do Sting na Venezuela, em 1994. Quando Cameron Diz esteve no Rio para lançar um filme, na entrada do local onde ela cumprimentava os fãs, percebi que um cara ia roubar o anel dela. Ele não parava de olhar. Tive que tirá-lo dali.
Chegou a ficar amigo de alguma celebridade?Ao final de uma das turnês que fiz com ele, Jack Johnson convidou a mim e a minha mulher para irmos visitar a família dele no Havaí. Mariah Carrey sempre pedia dicas de restaurantes e convidava a equipe pra se sentar com ela. Já Paul McCartney perguntou se eu me importava de dormir na antesssala da suíte que ele ocupou com a família no Copacabana Palace, dizendo que se sentia mais seguro assim. É tudo muito profissional, mas se cria um elo de muita confiança entre o artista e você.
O guia do amor e do dinheiro
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