quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Notícias da Quinta-feira Morre Steve Jobs

Morre Steve Jobs, fundador da Apple

Criador da Apple impôs visão de simplicidade no mercado da tecnologia.
Da experiência com drogas às brigas, conheça a trajetória do empresário.

Do G1, em São Paulo
Steve Jobs (Foto: Moshe Brakha/AP)
Steve Jobs, fundador da Apple, morre aos 56 anos nos Estados Unidos (Foto: Moshe Brakha/AP)
Morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos o empresário Steven Paul Jobs, criador da Apple, maior empresa de capital aberto do mundo, do estúdio de animação Pixar e pai de produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad.
Idolatrado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que fundou em uma garagem no Vale do Silício, na Califórnia, e ajudou a transformar na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, Jobs foi um dos maiores defensores da popularização da tecnologia. Acreditava que computadores e gadgets deveriam ser fáceis o suficiente para ser operados por qualquer pessoa, como gostava de repetir em um de seus bordões prediletos, que era "simplesmente funciona" (em inglês, "it just works"). O impacto desta visão foi além de sua companhia e ajudou a puxar a evolução de produtos como o Windows, da Microsoft.

A luta de Jobs contra o câncer desde 2004 o deixou fisicamente debilitado nos anos de maior sucesso comercial da Apple, que escapou da falência no final da década de 90 para se transformar na maior empresa de tecnologia do planeta. Desde então, passou por um transplante de fígado e viu seu obituário publicado acidentalmente em veículos importantes como a Bloomberg. Há 42 dias, deixou o comando da empresa.
Foi obrigado a lidar com a morte, que temia, como a maioria dos americanos de sua geração, desde os dias de outubro de 1962 que marcaram o ápice da crise dos mísseis cubanos. "Fiquei sem dormir por três ou quatro noites porque temia que se eu fosse dormir não iria acordar", contou, em 1995, ao museu de história oral do Instituto Smithsonian.
"Ninguém quer morrer", disse, posteriormente, em discurso a formandos da universidade de Stanford em junho de 2005, um feito curioso para um homem que jamais obteve um diploma universitário. "Mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. E, por outro lado, a morte é um destino do qual todos nós compartilhamos. Ninguém escapa. É a forma como deve ser, porque a morte é provavelmente a melhor invenção da vida. É o agente da vida. Limpa o velho para dar espaço ao novo."
Homem-zeitgeist
A melhor invenção da vida, nas palavras do zen-budista Jobs, deixa a indústria da tecnologia órfã de seu "homem-zeitgeist", ou seja, o empresário que talvez melhor tenha capturado a essência de seu tempo. Jobs apostou na música digital armazenada em memória flash quando o mercado ainda debatia se não seria mais interessante proteger os CDs para fugir da pirataria.


Home da Apple (Foto: Reprodução)
Na página da Apple, foto em homenagem ao  fundador (Foto: Reprodução)
Ele acreditou que era preciso gastar poder computacional para criar ambientes gráficos de fácil utilização enquanto as gigantes do setor ainda ensinavam usuários a editar o arquivo "AUTOEXEC.BAT" para configurar suas máquinas. Ele viu a oportunidade de criar smartphones para pessoas comuns ao mesmo tempo em que o foco das principais fabricantes era repetir o sucesso corporativo do BlackBerry.
Sob o comando de Jobs, a Apple dizia depender muito pouco de pesquisas de mercado. “Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido", afirmou, em entrevista à revista "Fortune" em 2008. Em 2010, quando perguntado sobre quanto a Apple havia gasto com pesquisa com consumidores havia sido feito para a criação do iPad, Jobs respondeu que "não faz parte do trabalho do consumidor descobrir o que ele quer. Não gastamos um dólar com isso."


Nem sempre esta habilidade garantiu o sucesso da Apple, como na primeira versão da Apple TV, computador adaptado para trabalhar com central multimídia que não conseguiu um volume de vendas relevantes. Mas Jobs conseguia minimizar os fracassos: no caso da Apple TV, ele dizia que se tratava de um "hobby", um projeto pessoal que não fazia tanta diferença nos planos da empresa.
Perfeccionista e workaholic, Jobs gostava de controlar todos os pontos da produção da Apple, resistindo, inclusive, à decisão de terceirizar gradativamente a fabricação dos produtos da companhia para fabricantes chineses - plano proposto e executado pelo agora novo comandante da companhia, Tim Cook, e que se mostrou acertado.
Conhecido como um “microgerente”, nenhum produto da Apple chegava aos consumidores se não passasse pelo padrões Jobs de qualidade e de excentricidade. Isso incluía, segundo relatos, o número de parafusos existentes na parte inferior de um notebook e a curvatura das quinas de um monitor. No dia do anúncio de que Jobs estava deixando o comando da Apple, Vic Gundotra, criador do Google Plus, contou que recebeu uma ligação do presidente da Apple no domingo para pedir que fosse corrigida a cor de uma das letras do ícone do atalho do Google no iPhone.

Steve Jobs anunciou que deixará cargo de presidente da Apple (Foto: Reuters)
Steve Jobs durante apresentação de produto da Apple nos EUA (Foto: Reuters)

Na busca por produtos que fossem de encontro com seu padrão de qualidade pessoal, Jobs era criticado em duas frentes. Concorrentes e boa parte dos consumidores que tentavam fugir da chamado "campo de distorção da realidade" criado pela Apple reclamavam das diversas decisões que faziam dos produtos da companhia um "jardim fechado", incompatíveis com o resto do mundo e restritos a normas que iam além de restrições tecnológicas. Tecnicamente sempre foi possível instalar qualquer programa no iPhone, mas a Apple exige que o consumidor só tenha acesso aos programas aprovados pela companhia.
Internamente, entre alguns de seus funcionários, deixou a imagem de "tirano". Alan Deutschman, autor do livro “The second coming of Steve Jobs", afirma que, ao lado do "Steve bom", o mago das apresentações tão aguardadas pelo didatismo e capacidade de aglutinar o interesse do consumidor, também existia o “Steve mau”, um sujeito que gostava de gritar, humilhar e diminuir qualquer pessoa que lhe causasse algum tipo de desprazer.
Ao jornal “The Guardian”, um ex-funcionário que trabalhou na Apple por 17 anos comparou a convivência com Steve com à sensação de estar constantemente na frente de um lança-chamas. À revista “Wired”, o engenheiro Edward Eigerman afirmou: “mais do que qualquer outro lugar onde já trabalhei, há uma grande preocupação sobre demissão entre os funcionários da Apple”. A mesma publicação contou que o diretor-executivo não via problemas em estacionar sua Mercedes na área da empresa reservada aos deficientes físicos -- às vezes, ele ocupava até dois desses espaços.
Jobs também sempre precisou de um "nêmesis", um inimigo que ele satanizava e ridicularizava em público como contraponto de suas ações na Apple. O primeiro alvo foi a IBM, com quem disputou o mercado de computadores pessoais principalmente no início dos anos 80. Depois, a Microsoft, criadora do MS-DOS e do Windows. Mais recentemente, Jobs vinha mirando o Google, gigante das buscas na internet cujo presidente chegou a fazer parte do conselho de administração da Apple, e que investiu no mercado de sistemas para smartphones com o Android. Jobs ordenou que a Apple lutasse, mesmo que judicialmente, contra o programa que ele considerava um plágio do iOS, coração do iPhone e do iPad.

Steve Jobs (Foto: Kimberly White/Reuters)
Steve Jobs (à direita), ao lado do antigo sócio Steve Wozniak (Foto: Kimberly White/Reuters)

Do LSD ao Mac
O sucesso empresarial de Jobs é ainda um dos principais resquícios da transformação da contracultura dos anos 60 e 70 em mainstream nas décadas seguintes. A companhia que hoje briga para ser a maior do mundo foi fundada após Jobs ir à Índia em 1973 em busca do guru Neem Karoli Baba. O Maharaji morreu antes da chegada de Jobs, mas o americano dizia que havia encontrado a iluminação no LSD.
"Minhas experiências com LSD foram uma das duas ou três coisas mais importantes que fiz em minha vida", disse, em entrevista ao "New York Times". Depois, afirmou que seu rival, Bill Gates, seria "uma pessoa (com visão) mais ampla se tomasse ácido uma vez". O LSD foi a mesma droga que fascinara o inventor do mouse e precursor do ambiente gráfico, Douglas Englebart, cerca de dez anos antes de Jobs.
Coincidentemente foram o mouse e o ambiente gráfico os inventos que chamaram a atenção de Jobs na fatídica visita ao laboratório da Xerox em Palo Alto, em 1979. É uma das histórias mais contadas e recontadas do Vale do Silício, e as versões variam entre acusações de espionagem industrial à simples troca pela Apple de patentes que a Xerox não teria interesse em desenvolver por ações da companhia, que abriria seu capital no ano seguinte.
Fato é que a equipe de Jobs voltou da visita encantada com a metáfora do "desktop" utilizada pelo Xerox Alto. A integração entre ícones representando cada uma das funções do computador, acessadas por meio de uma seta comandada por um mouse, foi a base do Apple Lisa e, posteriormente, do Macintosh.

Steve Jobs (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
Steve Jobs, em uma das últimas aparições à frente da Apple (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
Com o "Mac", enfim, Jobs conseguiu colocar em prática a visão de que havia desenvolvido em parceria com o amigo e sócio Steve Wozniak, responsável pela criação das soluções técnicas que fizeram dos primeiros computadores da Apple máquinas que mudaram o cenário da computação "de garagem" que vinha se desenvolvendo nos Estados Unidos nos anos 70. Agora, 8 anos após a fundação da empresa, Jobs e "Woz" apresentavam um computador que não era feito para "o restante de nós".
"Algumas pessoas acreditam que precisamos colocar um IBM PC sobre cada escrivaninha para melhorarmos a produtividade. Não vai funcionar. As palavras mágicas especiais que você precisa aprender são coisas como 'barra Q-Z'. O manual para o WordStar, processador de texto mais popular, tem 400 páginas. Para escrever um livro, você precisa ler um livro - e um que parece um mistério complexo para a maioria das pessoas", afirmou Jobs em entrevista publicada pela Playboy americana de fevereiro de 1985.
Na frase, Jobs demostra que queria enfrentar a IBM, gigante nascida no início do século e que, depois de dominar o mercado de servidores corporativos, queria tomar também o setor de computadores pessoais. Para ele, as máquinas da IBM eram feitas "por engenheiros e para engenheiros", e havia a necessidade de criar algo para o "restante", ou, como diria a famosa campanha "Pense diferente" da Apple de 1997, um computador para "os loucos, os desajustados, os rebeldes (..), as peças redondas encaixadas em buracos quadrados".
Saída da própria empresaMas o sucesso do Mac - que viria posteriormente a impulsionar a adoção de ambientes gráficos até mesmo entre os computadores da IBM (com o Windows, criado pela Microsoft) - não evitou que Jobs acabasse demitido de sua própria companhia. As disputas internas entre equipes que queriam investir no mercado corporativo e as que apostavam apenas no consumidor fizeram com que John Sculley, vindo da Pepsi à convite do próprio Jobs, convencesse o conselho de administração de que era hora da empresa se livrar de seu fundador.
Durante a década em que esteve fora, Jobs fez dois investimentos que acabaram, de maneiras diferentes, alavancando o mito em torno de seu "toque de midas". No primeiro, pagou US$ 10 milhões pela problemática divisão de computação gráfica da LucasFilm, empresa de George Lucas responsável por franquias do cinema como Star Wars e Indiana Jones. A nova empresa foi batizada de Pixar, e após emplacar sucessos como “Toy story”, “Vida de inseto”, “Monstros S.A.” e “Procurando Nemo”, acabou sendo adquirida pela Disney por US$ 7,4 bilhões em 2006. No processo, Jobs se transformou no maior acionista individual da companhia de Mickey Mouse.
O outro investimento foi a semente não apenas do retorno de Jobs à Apple, mas teve relação direta com o surgimento da World Wide Web, invenção que impulsionou o crescimento da internet no mundo. Com a NeXT, Jobs desenvolveu computadores poderosos indicados para o uso educacional e desenvolvimento de programas. Um terminal NeXT foi usado por Tim Berners-Lee como o primeiro servidor de web do mundo, em 1991. Em dezembro de 2006, a Apple adquiriu a NeXT, manobra que serviu para incorporar tecnologias ao grupo e trazer Jobs de volta para o comando da companhia.

Steve Jobs (Foto: Kimberly White/Reuters)
Steve Jobs com seu sucessor no comando da Apple, Tim Cook (Foto: Kimberly White/Reuters)
O retorno de Jobs marca o início de uma era de crescimento para a Apple incomum na história do capitalismo americano. A sequência de sucessos - alguns atrelados a mudanças no paradigma de mercados importantes - inclui o MacBook, o tocador digital iPod, a loja virtual iTunes, o iPhone e o iPad. A maioria destes produtos veio de ideias impostas pelo próprio Jobs. À revista “Fortune”, em 2008, Jobs falou sobre sua tão aclamada criatividade - "sempre aliada ao trabalho duro", como ele mesmo enfatizou. "Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido."
Nesta segunda passagem, Jobs reforçou ainda o legado de um empresário ímpar, que impunha uma visão holística na criação, desenvolvimento e venda de seus produtos, Do primeiro parafuso ao plástico que embalaria a caixa de cada aparelho, passando por custo, publicidade, estratégia de vendas.
Sigilo na vida pessoal
A mesma discrição que Jobs impunha na vida profissional - os lançamentos da Apple sempre foram tratados como segredo, aumentando a gerar um movimento de especulação que acabava servindo como publicidade gratuita - foi adotada em sua vida pessoal. Por isso, a luta do executivo contra o câncer no pâncreas foi tratada com muito sigilo, dando margem a uma infinidade de boatos.
Em 2004, Jobs fez tratamento após descobrir um tipo raro da doença. Durante o ano de 2008, Jobs foi aparecendo cada vez mais magro e os boatos aumentaram, até que ele anunciou em janeiro de 2009 seu afastamento da diretoria da empresa para cuidar da saúde. No início de 2011, novo afastamento, até que, em agosto, Jobs deixou de vez o comando da Apple. "Eu sempre afirmei que se chegasse o dia em que eu não fosse mais capaz de cumprir minhas obrigações e expectativas como CEO da Apple, eu seria o primeiro a informá-los disso. Infelizmente, este dia chegou", afirmou, em comunicado.

Steve Jobs apresenta o iPhone 4, em junho de 2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
Steve Jobs apresenta o iPhone 4, em junho de 2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)

A vida reservada fez, por exemplo, que Jobs não tivesse contato direto com sua família biológica. Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em San Francisco, filho dos então estudantes universitários Abdulfattah John Jandali, imigrante sírio e seguidor do islamismo, e Joanne Simpson, foi entregue à adoção quando sua mãe viajou de Wisconsin até a Califórnia para dar à luz.
Segundo o pai biológico, os sogros não aprovavam que sua filha se casasse com um imigrante muçulmano. Lá, ele foi adotado por Justin e Clara Jobs, que moravam em Mountain View. Seus pais biológicos depois se casaram e tiveram uma filha, a escritora Mona Simpson, que só descobriu a existência do irmão depois de adulta.
Do pai adotivo, herdou a paixão de montar e desmontar objetos. Assim como Paul, Steve não chegou a ser um especialista em eletrônicos, mas ao aprender os conceitos básicos conseguiu se aproximar das pessoas certas no lugar certo. Vivendo no Vale do Silício, conheceu Steve Wozniak, gênio criador do primeiro computador da Apple. Trabalhou na Atari até decidir criar, com Woz, sua própria empresa.
Em mais uma conexão com a contracultura, Jobs teria tido um relacionamento de curta duração com a cantora folk Joan Baez, ex-namorada do ícone da música Bob Dylan, talvez o maior ídolo do empresário.
Casado com Laurene Powell desde 1991, Jobs deixa quatro filhos: Reed Paul, Erin Sienna, e Eve, nascidos de seu relacionamento com Laurene, e Lisa Brennan-Jobs, de um relacionamento anterior com a pintora Chrisann Brennan.
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Veja a repercussão da morte de Steve Jobs em sites pelo mundo

Morreu nesta quarta-feira (5) Steve Jobs, criador da Apple.
Fundador da companhia tinha 56 anos.

Do G1, em São Paulo
Wired
Steve Jobs Wired (Foto: Reprodução)
Google
Steve Jobs Google (Foto: Reprodução)
Boing Boing
Steve Jobs Boing Boing (Foto: Reprodução)
San Francisco Gate
Steve Jobs San Francisco Gate (Foto: Reprodução)
San Jose Mercury
Steve Jobs San Jose Mercury (Foto: Reprodução)
Fast Company
Steve Jobs Fast Company (Foto: Reprodução)
BBC
Steve Jobs BBC (Foto: Reprodução)
CNN
Steve Jobs CNN (Foto: Reprodução)
The New York Times
Steve Jobs New York Times (Foto: Reprodução)
The Washington Post
Steve Jobs Washington Post (Foto: Reprodução)
El País
Steve Jobs El País (Foto: Reprodução)

Câncer no pâncreas de Steve Jobs é raro e mais comum após os 50 anos

Fundador da Apple tinha 56 anos.
Doença não tem sinais aparentes e quae sempre é descoberta tardiamente.

Do G1, com informações do Jornal da Globo

A perda de peso é um dos sintomas mais comuns na fase avançada da doença. Com Steve Jobs, não foi diferente. Ele teve o tipo menos agressivo do câncer de pâncreas, que se forma em células especializadas na produção de hormônios. Alterados pelo tumor, eles vão para corrente sanguínea e chegam no fígado provocando metástase. Esse câncer é mais comum após os 50 anos. O fundador da Apple morreu aos 56 anos.
No início do tratamento, Jobs foi submetido à tentativa da remoção total do tumor. Cinco anos depois, por causa da metástase, passou por um transplante de fígado.
O tipo de câncer que Jobs teve costuma ter um desenvolvimento mais lento, o que aumenta a sobrevida dos pacientes. A média é de cinco anos, mas o empresário viveu mais do que isso. Ele recebeu diagnóstico em 2003.
O câncer de pâncreas não tem sintomas aparentes no início da doença, por isso a doença é quase sempre descoberta tardiamente. Sem o diagnóstico precoce, chega a matar 95% dos pacientes.
Veja o site do Jornal da Globo

Confira datas marcantes na história da Apple

Fundador Steve Jobs, que lutava contra o câncer, morreu aos 56 anos.
Em 1976, criou a Apple, empresa que hoje é a maior do mundo.

Do G1, em São Paulo
Morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos o empresário Steven Paul Jobs, criador da Apple, maior empresa de capital aberto do mundo, do estúdio de animação Pixar e pai de produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad.
Veja, abaixo, datas marcantes da história dele na Apple.
1976 - Os amigos de faculdade Steve Wozniak e Steve Jobs fundam a Apple Computer. Seu primeiro produto, o Apple I, construído na forma de circuito integrado, estreia no clube de montadores de computadores "The Homebew Computer Club" em Palo Alto, na Califórnia, causando pouco impacto.
1977 - O Apple II é lançado, o primeiro computador pessoal em um gabinete de plástico com tela colorida.
1983 - A Apple começa a vender o "Lisa", desktop corporativo com interface gráfica, o sistema com o qual a maioria dos usuários está acostumado hoje.
1984 - A Apple estreia o computador pessoal Macintosh. Ele é divulgado com um comercial estilizado, em que uma heroína enfrenta personagens semelhantes aos do livro "1984", de George Orwell.
1985 - Jobs deixa a Apple por brigas de poder dentro da empresa.
1991 - A Apple apresenta o PowerBook 100, seu primeiro computador portátil bem-sucedido.
1993 - O Newton Message Pad é lançado. O aparelho é o primeiro computador com dimensões reduzidas para caber nas mãos e possui uma tela sensível ao toque, assim como recursos encontrados nos smartphones de hoje em dia como lista de contatos, calendário e aplicativo para e-mails. Ele fracassa.
Setembro de 1997 - Jobs é nomeado presidente-executivo interino da Apple quando a companhia registra perda recorde de mais de US$ 1,8 bilhão.
Novembro de 1997 - Jobs apresenta uma nova linha de computadores Macintosh chamada G3 e um site que permite às pessoas comprarem diretamente da Apple.
1998 - A Apple revela o desktop iMac.
2001 - A Apple lança o iPod, aparelho para tocar músicas digitalizadas baseado em um disco rígido, do tamanho da palma da mão.
2003 - A Apple abre a loja online iTunes Store, permitindo a usuários comprar e baixar músicas, livros em formato de áudio, filmes e programas de TV pela Internet.
Agosto de 2004 - Jobs anuncia ter passado por cirurgia bem-sucedida para remover tumor cancerígeno de seu pâncreas.
2005 - O iPod passa a reproduzir vídeos e a Apple acrescenta à sua linha de aparelhos portáteis de mídia o iPod shuffle, mais barato, e o moderno iPod nano.
Outubro de 2005 - Tim Cook é nomeado vice-presidente operacional, após trabalhar como vice-presidente executivo de vendas globais e operações desde 2002.
Janeiro de 2007 - A Apple anuncia o iPhone. O aparelho possui apenas um botão e um teclado virtual na tela. Ela também apresenta a Apple TV, que atrai poucos consumidores.
Setembro de 2007 - A Apple lança o iPod Touch --essencialmente um iPhone sem as funções de telefone-- que utiliza a rede de internet sem fio e tem muitos recursos de um computador portátil.
2008 - A Apple abre sua loja de aplicativos App Store como uma atualização do iTunes. A loja possui pequenos aplicativos --de jogos a ferramentas para redes sociais ou tarefas corporativas-- que acrescentam funções ao iPhone e ao iPod Touch. A Apple também revela o MacBook Air.
Janeiro de 2009 - Jobs tira outra licença por motivos de saúde. O vice-presidente operacional Tim Cook lidera a companhia no ínterim.
Junho de 2009 - Jobs volta à companhia após transplante de fígado.
2009 - A Apple lança o iPhone 3GS. A companhia já havia vendido mais de 220 milhões de iPods até aquele momento.
2010 - A Apple oferece a Tim Cook com um bônus no valor de US$ 22 milhões por dirigir a companhia na ausência de Jobs ao longo de seis meses, momento no qual as ações subiram 70%.
Abril de 2010 - A Apple dá início às vendas do iPad, um tablet com tela sensível ao toque de 10 polegadas, e já domina 84% do mercado no fim do ano. A empresa de pesquisas iSuppli estima as vendas do iPad em 12,9 milhões de unidades até 10 de dezembro.
Novembro de 2010 - Os 13 álbuns dos Beatles passam a estar disponíveis no iTunes, encerrando anos de negociações entre Jobs, a administradora dos direitos dos Beatles, Apple Corps e a gravadora dos Beatles EMI.
17 de janeiro de 2011 - Jobs anuncia outra licença médica.
10 de fevereiro de 2011 - A operadora norte-americana de telefonia Verizon Wireless, uma joint-venture da Verizon Communications e do Grupo Vodafone, começa a vender o iPhone em lojas e põe fim ao contrato de exclusividade da AT&T para o aparelho nos Estados Unidos.
15 de fevereiro de 2011 - A Apple lança um serviço muito aguardado de assinaturas de revistas, jornais, vídeos e música --um passo que pode prejudicar serviços de streaming como o Netflix e o Hulu.
2 de março de 2011 - A Apple apresenta o iPad 2, uma versão modernizada e mais leve de seu tablet com um novo processador de dois núcleos, duas câmeras e, pela primeira vez, em duas cores: preto ou branco.
9 de agosto de 2011 - Pela primeira vez, o valor de mercado da Apple supera o da Exxon Mobil por alguns instantes no pregão das bolsas americanas, e a fabricante do iPhone e do iPad torna-se a maior companhia de capital aberto do mundo.
24 de agosto de 2011 - Jobs anuncia oficialmente a saída do comando da Apple.
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Google homenageia Steve Jobs com link para página da Apple

Cofundador da Apple morreu nesta quarta-feira aos 56 anos.
Empresário comandou criação de produtos como iPad e iPhone.

Do G1, em São Paulo
Google faz homenagem minimalista a Steve Jobs, e coloca link para a página da Apple logo em sua homepage. Jobs morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos, vítima de câncer. (Foto: Reprodução)
Google faz homenagem minimalista a Steve Jobs, e coloca link para a página da Apple logo em sua homepage. Jobs morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos, vítima de câncer. (Foto: Reprodução)
Obama diz que Jobs era 'corajoso' e tinha talento para 'mudar o mundo'

'Steve vivia cada um de seus dias como se fosse o último', afirmou.
Cofundador da Apple morreu nesta quarta-feira aos 56 anos.

Do G1, em São Paulo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgou nota lamentando a morte do cofundador da Apple, Steve Jobs. Segundo Obama, Jobs era um empresário "corajoso o suficente para pensar diferente, audaz o suficiente para acreditar que era capaz de mudar o mundo, e talentoso o suficiente para fazê-lo."
Veja a íntegra da nota:
Michelle e eu estamos entristecidos ao sabermos do falecimento de Steve Jobs. Steve estava entre os maiores inovadores americanos - corajoso o suficiente para pensar diferente, audaz o suficiente para acreditar que era capaz de mudar o mundo, e talentoso o suficiente para fazê-lo.
Ao construir uma das empresas mais bem sucedidas do mundo de sua garagem, ele exemplificou o espírito da criação americana. Ao transformar os computadores em pessoais e ao colocar a internet em nossos bolsos, ele fez a revolução da informação não apenas acessível, mas intuitiva e divertida. E ao voltar seus talentos para a arte de contar histórias, ele trouxe alegria a milhões de crianças e adultos. Steve gostava de dizer que ele vivia cada um de seus dias como se fosse o último. Por fazer isso, ele transformou nossas vidas, redefiniu indústrias inteiras, e atingiu um dos mais raros feitos da história da humanidade: ele mudou o jeito de cada um de nós de ver o mundo.
O mundo perdeu um visionário. E não haverá tributo maior ao sucesso de Steve que o fato de que muitos de nós fomos informados de seu falecimento por meio de um aparelho que ele inventou. Michelle e eu enviamos nossos pensamentos e preces à mulher de Steve, Laurene, sua família e todos aqueles que o amavam.

Bill Gates diz que sentirá falta de Steve Jobs 'imensamente'

'O mundo raramente vê alguém com o impacto profundo de Steve', disse.
Jobs morreu nesta quarta-feira, ao lado de seus familiares.

Da Reuters
O cofundador da Microsoft Bill Gates afirmou em nota que "sentirá imensamente a falta de Steve" Jobs, ex-CEO e cofundador da Apple que morreu nesta quarta-feira.
Gates disse que "o mundo raramente vê alguém que tenha o impacto profundo que Steve teve" e que 'foi uma grande honra" trabalhar com ele.
Veja a íntegra da nota:
"Estou verdadeiramente entristecido ao saber da morte de Steve Jobs. Melinda e eu estendemos nossas sinceras condolências a seus familiares e amigos, e a todos os que foram tocados por Steve por meio de seu trabalho.
Steve e eu nos conhecemos inicialmente há quase 30 anos, e fomos colegas, competidores e amigos ao longo de mais da metade de nossas vidas.
O mundo raramente vê alguém que tenha o impacto profundo que Steve teve, os efeitos disso serão sentidos por muitas gerações.
Para aqueles entre nós que tiveram a sorte de trabalhar com ele, foi uma honra muito grande. Sentirei falta de Steve imensamente."

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