domingo, 17 de julho de 2011

Dicas Tour Rio São Francisco

Navegue pelo rio São Francisco

O Jornal Hoje percorreu quase 3.000 quilômetros do rio São Francisco. Nossos repórteres acompanham o curso do Velho Chico em cinco estados brasileiros
Augusto Medeiros - São Roque de Minas, MG
Lara Cavalcanti - Petrolina, PE
João Edwar - Pirapora, MG
Carla Suzanne - Canindé, SE
Michelle Barros - Piaçabuçu, AL
 
 
O Jornal Hoje percorreu quase 3.000 quilômetros do rio São Francisco. Nossos repórteres acompanham o curso do Velho Chico em cinco estados brasileiros. A serra da Canastra é o ponto de partida. Lá fica o parque nacional, protegido por lei e que se transformou num santuário para várias espécies de animais.
Quem quiser conhecer tudo isso de perto pode se hospedar em um dos 20 hotéis e pousadas da cidade. Tudo no Parque Nacional da Serra da Canastra chama a atenção do turista. Mas a atração principal é a nascente do rio São Francisco. A 1.200 metros de altitude começa a trajetória de 2.830 quilômetros.
Pouco depois de nascer, o Velho Chico forma sua primeira cachoeira, a Casca Danta, uma queda de aproximadamente 200 metros de altura. Ainda em Minas Gerais, no norte do estado, o São Francisco já tem jeito de rio. Uma das atrações do São Francisco é o vapor Benjamin Guimarães. A embarcação foi construída em 1913 nos Estados Unidos. Completamente restaurada em 2004, hoje o barco é patrimônio histórico de Minas Gerais.
O passeio dura três horas, o turista almoça no barco. A pedida é a moqueca de surubim. Da nascente até a foz, o São Francisco passa por oito grandes hidrelétricas. Quando entra na Bahia, o São Francisco recebe a benção do Bom Jesus da Lapa. Passa ao lado de santuários onde os romeiros pagam promessa. Depois, espalha suas águas para formar o maior lago artificial do mundo. Sobradinho tem 300 quilômetros de extensão.
Mais adiante, Paulo Afonso. E quando está cheio, o rio transborda por todos os lados e exibe belíssimas cachoeiras. Em Paulo Afonso, o São Francisco entra numa garganta de pedras e revela a parte mais estreita de toda a sua extensão. Na verdade, é uma cadeia de montanhas que no percurso de 60 quilômetros vai comprimindo o leito do rio. A profundidade no local chega a 150 metros.
Da água para cima, os paredões impressionam e guardam vestígios de 9.000 anos, do homem pré-histórico. "Eles estavam ainda em um estágio de pescar, de caçar", diz Cleonice Vergne, arqueóloga. O passeio pelo canyon dura entre cinco e seis horas. Inesquecível até pra quem é da região. "Essa paisagem é a mais bonita que eu conheço", diz Maria de Jesus, aposentada.
Das cidades que ficam em suas margens, Juazeiro e Petrolina são as maiores, mas o São Franciso é muito mais do que grandeza e beleza, é também sinônimo de fertilidade da terra. O São Francisco também é responsável pelo crescimento
econômico das áreas ribeirinhas. Lá, o destaque é a produção de frutas. São mais de 100 mil hectares de áreas irrigadas.
O cultivo da uva no semi-árido nordestino também criou uma opção para o turismo. Quem vem à região pode conhecer a rota do vinho. O roteiro inclui visita aos vinhedos, linhas de produção e degustação. E não dá para ir embora sem provar as delícias feitas como o cari, um peixe que só existe aqui na região. Uma delas é o maracari, prato que mistura maracujá e o cari.
Bem pertinho, outra opção para o turista: as ilhas do rio São Francisco. A travessia até a ilha do Rodeadouro custa R$ 2. Mas o visual é impagável. Em Sergipe, a mais de 2.000 quilômetros da nascente do São Francisco. Lá, fica a hidrelétrica de Xingó. A construção da usina impulsionou o turismo.
Esse trecho do rio em Sergipe foi durante anos o único caminho de Lampião, o cangaceiro mais famoso do nordeste. Pelas águas do Velho Chico, ele e o bando demarcavam os esconderijos, e foi em um deles bem às margens do rio que Lampião viveu os últimos dias. Depois de meia hora caminhando na caatinga se chega a gruta de Angico, lugar onde morreram Lampião e seu bando.
O único restaurante da trilha serve pratos típicos à base de peixes, como o surubim ao molho de macaxeira. De sobremesa, doce de coroa de frade, uma planta nativa da caatinga.
O São Francisco foi descoberto no seu último trecho. Américo Vespúcio navegou pela foz e encontrou o rio, chamado de Opará pelos índios. As margens do São Francisco se desenvolveram o artesanato e turismo. O bordado boa-noite só existe nessa região. “Tem gente que não acredita que o trabalho é manual”, diz Cíntia Souza, presidente da Cooperativa Artesãs Ilha do Ferro.
A última cidade banhada pelo Velho Chico é Piaçabuçu. Quando chegam a foz do rio São Francisco, os turistas podem ver de perto os costumes dos pescadores da região e aproveitar a beleza do visual da natureza sobre as dunas que ficam na foz. “É maravilhoso! É diferenciado do que eu estou acostumado”, diz Robson Ramos, eletricista de manutenção de Bragança. Bonito mesmo é o encontro do São Francisco indo pro mar. Uma visão impressionante e inesquecível.



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