Juliette, vinho lançado ano passado, vira inesperada homenagem à campeã do BBB e tem explosão de vendas

 O rótulo da vinícola catarinense Pericó não é, originalmente, uma referência à participante do reality show

Fenômeno Julliete

“Quem imaginou que ia surgir a Juliette? ”, diverte-se Diego Censi, CEO da Pericó, em entrevista exclusiva para ADEGA. “A gente sempre imaginou ter uma linha mais descontraída que quebra um pouco a formalidade do vinho”, diz.

Para concretizar a ideia, a vinícola contratou o artista plástico Eduardo Baruch e pediu para que ele fizesse uma obra que remetesse à Pericó.

Nasceu assim em maio de 2020 a Juliette, linha com um rosé, a partir de Cabernet Sauvignon e Merlot e três espumantes: um Moscatel, um rosé brut com Cabernet Sauvignon e Merlot; e um branco brut, veja só, com Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Merlot. Censi explicou que a prensa das uvas é superdelicada e o mosto tem o mínimo contato com a casca para não extrair a cor das uvas tintas.

De cara, os vinhos, com notória vocação de linha de entrada, tiveram boa aceitação, alcançando bons números de venda no verão.

Com o sucesso da BBB Juliette que conquistou o Brasil e o prêmio de 1,5 milhão de Reais, a linha que coincidentemente leva o seu nome pulou para outro patamar. “O volume de venda quadriplicou nas últimas duas semanas e a Pericó já vem atingindo o maior faturamento de todos os tempos”, conta o CEO.

Agora, a Pericó, diz ele, pretende aproximar a relação com a sister campeã.

A ação faz parte do projeto do desenvolvimento da vinícola, desde que ela foi comprada por um grupo de investidores, liderados pelo Diego Censi e pelo francês Gauthier Gheysen, profundo conhecedor de viticultura.

O movimento envolve modernização com ampliação e uma nova sede para vinificação. E mais: há a previsão até de hotel dentro da vinícola.

Sobre vinhos, a safra 2021, conta Censi, é tão boa, ou melhor que a 2020, apesar das intempéries sofridas como secas, chuvas e geadas fora de época.