Chico Anysio morre aos 80 anos
Comediante estava internado em hospital no Rio de Janeiro.
Ele começou no rádio, fez sucesso na TV e atuou em filmes.
Do G1, no Rio
Morreu às 14h52 desta sexta-feira (23), aos 80 anos, o humorista Chico Anysio. Segundo nota divulgada pelo Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio, onde ele estava internado havia três meses, o humorista morreu após uma parada cardiorrespiratória, causada por falência múltipla dos órgãos, decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar. Ao longo de seus 65 anos de carreira, o cearense Chico Anysio criou mais de 200 personagens e foi um dos maiores humoristas do Brasil com destaque no rádio, na TV, no cinema e no teatro (abaixo, nesta reportagem, relembre sua trajetória). Ele deixa oito filhos e completaria 81 anos no dia 12 de abril.
O corpo de Chico Anysio será velado no Theatro Municial, no Centro do Rio. O velório será aberto ao público a partir das 12h. No domingo (24), ele será cremado no Cemitério do Caju, na Zona Portuária. O horário da cerimônia ainda não foi definido. O governador do estado do Ceará, Cid Gomes, decretou luto oficial no Estado, por 3 dias, por causa da morte do humorista Chico Anysio.
Anysio apresentou uma piora nas funções respiratórias e renal na quarta-feira (21) e voltou a respirar com ajuda de aparelhos durante todo o dia. Ele estava no CTI do hospital carioca desde 22 de dezembro do ano passado por conta de um sangramento. O comediante chegou a ter o problema controlado, mas apresentou uma infecção pulmonar e retornou à internação. Ele seguia em sessões de fisioterapia respiratória e motora diariamente, somadas a antibióticos.
O ator também foi submetido a uma laparotomia exploradora, procedimento cirúrgico que serve para revelar um diagnóstico. Essa cirurgia fez com que Chico Anysio tivesse um segmento de seu intestino delgado retirado.
No final de 2010, ele foi levado ao mesmo hospital com falta de ar. Após uma obstrução da artéria coronariana ser encontrada, passou por uma angioplastia, procedimento para desobstrução de artérias. Após 110 dias, teve alta em março do ano passado.
Com fortes dores nas costas, o humorista foi novamente internado em novembro. Ficou no hospital durante cinco dias, para receber medicação intravenosa devido a problema antigo nas vértebras que provocava dor. No fim de novembro, teve febre e os médicos descobriram uma contaminação por fungos, tratada com antibióticos. No começo de dezembro, retornou ao hospital com infecção urinária e ficou internado por 22 dias. Um dia depois, voltou ao Hospital Samaritano.
Nos momentos mais críticos, quando esteve no hospital entre dezembro de 2010 e março de 2011, Chico necessitou da ajuda de aparelhos para respirar e se comunicava com médicos e familiares por meio de mímica. Durante o período pós-operatório, houve o diagnóstico de um tamponamento cardíaco, que acontece quando o sangue se acumula entre as membranas que envolvem o coração (pericárdio).
Durante o período de internação, que alternou momentos no CTI e em unidades intermediárias, Chico Anysio apresentou quadros de pneumonia e passou por sucessivas broncoscopias. As infecções foram tratadas com uso de antibióticos.
Antes, em agosto de 2010, o humorista precisou ser internado para a retirada de parte do intestino grosso após ser constatado um quadro de hemorragia no aparelho digestivo. Em maio de 2009, outra pneumonia o levou ao hospital.
O personagem mais famoso de Anysio foi o Professor Raimundo (Foto: CGCom/TV Globo)
Foi na Rádio Guanabara, ainda nos anos 50, que os seus tipos cômicos começaram a surgir. Até o “talento para imitar vozes”, como o proprio Chico descreveria em seu site, evoluir para a televisão. A estreia aconteceu em 1957, na extinta TV Rio, no programa “Aí vem dona Isaura”. Foi lá que o Professor Raimundo teve sua primeira aparição no vídeo, como o tio da protagonista que vinha do Nordeste — até então o programa só havia sido veiculado pelo rádio.
“Até tinha uma coisa de sentar para criar, mas uns nasceram pela voz, outros pelo tipo, pela personalidade, pela caracterização. Sempre fiz questão de que eles fossem encontrados sem que eu estivesse presente. Que alguém dissesse: "'Na minha terra, tem um Pantaleão. No Rio tem muito Azambuja’”, explicou o humorista ao “Estado de S. Paulo”, em 2009.
Num tempo em que ainda não existiam contratos de exclusividade, Chico pôde fazer participações especiais em programas de outras emissoras e em chanchadas da Atlântida.
O “Chico Anysio Show”, seu primeiro programa de humor, foi lançado no início da década de 60. Foi ao ar pela TV Rio, depois pela Excelsior e em 1982 voltou a ser exibido pela Rede Globo — onde o humorista já trabalhava desde 1969.
A cantora Elza Soares e Chico Anysio durante show em São Paulo em 1967
(Foto: Agência Estado)
Mas foi na Globo que teve seus programas humorísticos de maior sucesso e onde desenvolveu a maioria de seus personagens. Entre as atrações, destaque para “Chico city” (1973-1980), “Chico total” (1981 e 1996) e “Chico Anysio show” (1982-1990) e "Escolinha do professor Raimundo".
Alguns desses personagens quase que se misturam à história da televisão brasileira, como o ator canastrão Alberto Roberto, o pão-duro Gastão Franco, o coronel Pantaleão, o pai-de-santo Véio Zuza, o velhinho ranzinza Popó, o alcoólatra Tavares e sua mulher Biscoito (Zezé Macedo) e o revoltado Jovem.
Com o passar dos anos, novos tipos eram criados e incorporados ao programa: o funcionário da TV Globo Bozó, que tentava impressionar as mulheres por conta de sua condição; o mulherengo e bonachão Nazareno, sempre de olho nas serviçais; o político corrupto Justo Veríssimo; e o pai de santo baiano e preguiçoso Painho são alguns dos mais populares.
Apresentada como quadro em outros programas desde a década de 1980, a “Escolinha do Professor Raimundo” tornou-se uma atração independente em 1990. No ar até 2002, o humorístico lançou toda uma geração de comediantes. Entre os “alunos” revelados pelo “professor Chico” estão Claudia Rodrigues, Tom Cavalcante e Claudia Gimenez.
Chico também atuou em novelas e especiais da Globo, como “Pé na jaca” (2007), “Sinhá Moça” (2006), “Guerra e paz” (2008) e “A diarista” (2004). Chico Anysio também teve um quadro fixo no Fantástico por 17 anos (de 1974 a 1991), e supervisionou a criação no programa “Os Trapalhões” no início dos anos 90.
Chico exibe prêmio do Festival do Rio com a equipe do longa 'A hora e a vez de Augusto Matraga', em 2011 (Foto: Alexandre Durão/G1)
A incursão mais recente de Chico Anysio no cinema foi como dublador. É dele a voz do protagonista da animação “Up - Altas aventuras", animação do estúdio Pixar. Antes disso, o humorista fez uma participação especial no recordista de bilheteria “Se eu fosse você 2” (2008), de Daniel Filho. “Nos créditos finais fiz questão de colocar ‘senhor Francisco Anysio’. Ele é um astro, merece ser tratado com toda reverência”, explicou o diretor em entrevista ao G1 durante o lançamento do longa.
Em 1996, o humorista interpretou o personagem Zé Esteves, pai da personagem-título, em “Tieta”, de Cacá Diegues. O trabalho coincidiu com o aniversário de 25 anos da estréia de Chicono cinema, na pornochanchada "O doce esporte do sexo". Antes havia participado de comédias como "Mulheres à vista" e "Cacareco vem aí".
Em 2011, em sua última aparição pública, recebeu o prêmio especial do Júri do Festival do Rio pelo seu desempenho no longa “A hora e a vez de Augusto Matraga”, do diretor Vinícius Coimbra.
"O filme é importantíssimo, a obra é linda. Vinícius realizou algo quase inacreditável. É um filme que, tenho certeza, Sergio Leone assinaria com alegria", destacou o bem humorado Chico, que fez questão de receber o Troféu Redentor pessoalmente, mesmo de cadeira de rodas.
Literatura e artes plásticas
Além de se dedicar ao humor, Chico também foi artista plástico. Apaixonado pela pintura, retratou paisagens ao redor do mundo a partir de fotografias que tirava dos países que visitava. Realizou exposições de seus quadros em diversas galerias do Brasil e chegou a afirmar que gostaria de ter dedicado mais tempo à atividade.
“Porque teria tido mais tempo para aprender, para melhorar. Teria mais tempo para me tornar conhecido e aceito, para vender meus quadros por um preço melhor. Cheguei a admitir que a pintura seria meu emprego da velhice, mas não vai ser, porque ninguém está comprando nada de obra de arte, e pintar para guardar é terrível”, disse em entrevista à “Folha de S. Paulo”, em 2007. Foi autor de 21 livros, tendo publicado vários best-sellers na década de 70, como "O Batizado da vaca", "O telefone amarelo" e "O enterro do anão". Sua última publicação foi “O canalha”, lançada em 2000.
“É a história do cara que participou de todos os governos, desde Eurico Gaspar Dutra até o primeiro mandato de Fernando Henrique. Foi ele o responsável por todas as canalhices que ocorreram de lá para cá, como dar um revólver de presente a Getúlio Vargas”, explicaria o escritor Chico Anysio em entrevista à revista “Época”, no mesmo ano.
Outra de suas obras de destaque na literatura é o bem humorado manual “Como segurar seu casamento”, também de 2000. Na época, advertiu os leitores: “Não dou conselhos, transmito os erros que cometi e foram cometidos em cinco casamentos. Conviver é a arte de conceder. Essa troca de concessões gera a convivência harmônica”, comentou.
Chico Anysio em 2009, depois de entrevista em seu apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio (Foto: Aline Massuca/AE)
Carreira esportivaCaçula de oito irmãos, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu no dia 12 de abril de 1931, no município de Maranguape, no Ceará. A cidade constantemente era citada de forma saudosa pelo humorista – seu personagem mais popular, o Professor Raymundo, era de lá.
“Maranguape, cidade de que tanto falo, representa uma grande saudade. Foi um pequeno paraíso, o Éden da minha infância durante gloriosos anos. Foi lá que aprendi a ler sozinho”, escreveu o humorista em seu site oficial.
Aos 7 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, após a falência da empresa de ônibus da família. Morador do Catete, contrariou a vontade do pai e do irmão mais velho — botafoguenses convictos — e se tornou vascaíno. Sonhava em ser jogador de futebol.
Mas a carreira esportiva logo foi esquecida, quando Chico passou em testes para ser locutor e ator da Rádio Guanabara. Ele ficou em segundo lugar, perdendo apenas para Silvio Santos.
Nos anos 50, também trabalhou nas rádios Mayrink Veiga, Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Foi na primeira que criou o programa que se tornaria um de seus maiores sucessos, "Escolinha do Professor Raymundo", inicialmente composta por três alunos: Afrânio Rodrigues (o que sabia tudo), João Fernandes (o que não sabia nada) e Zé Trindade (o que embromava o professor).
Apesar da tentativa de se tornar um galã de radionovelas, sua veia humorística se destacava desde o início. “A rádio Guanabara descobriu meu jeito para imitar vozes. Neste dia perdi minha chance de ser um Tarcísio Meira”, contou o comediante em seu site. Foi assim que começou a compor os mais de 70 tipos cômicos que marcariam sua carreira.
Chico sorri com os filhos Nizo Neto (esq.) e Bruno Mazzeo, no lançamento do DVD 'Chico Especial', em 2007 (Foto: TV Globo)
O primeiro de seus casamentos foi aos 22 anos, com a atriz Nancy Wanderley. Depois foi a vez de Rose Rondelli. Sobre a união com a cantora e ex-frenética Regina Chaves, dizia mal se lembrar. Já com Alcione Mazzeo, rompeu a relação por conta de um ensaio nu. Mas foi seu matrimônio com a ex-ministra da Economia do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello — com quem teve dois filhos — que provocou mais polêmica. "Passou a ser uma pessoa de meu desagrado total. Fui um biombo para ela”, disse Chico à revista “Isto É”, em outubro de 2000.
Antes, porém, teve seis filhos, entre eles os atores Lug de Paula (famoso por interpretar o Seu Boneco, da “Escolinha do Professor Raimundo”), Nizo Neto (o Seu Ptolomeu, do mesmo programa, também dublador) Bruno Mazzeo (ator e roteirista). Chico também era tio do ator Marcos Palmeira, filho do cineasta Zelito Vianna, irmão do humorista; e da atriz Maria Maya, filha de Cininha de Paula, sobrinha do humorista.
Em novembro de 2009 foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta comenda do governo brasileiro na área. Da vida, dizia levar apenas um arrependimento: “Me arrependo enormemente de ter fumado durante 40 anos.”
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Foi detectada a concentração de 15,5 dg/L de álcool na vítima.
O laudo do exame toxicológico do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, que morreu atropelado por Thor Batista, filho de Eike Batista, na Rodovia Washington Luis, na Baixada Fluminense, no último sábado (17), apontou a presença de 15,5 dg/L (decigramas por litro) de álcool no sangue. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil na tarde desta sexta-feira (23).
O exame foi feito por peritos do Instituto Médico Legal (IML), e divulgado pela 61ª DP (Xerém), responsável pelo caso.
O acidente aconteceu na pista sentido Rio. Segundo o advogado Celso Vilardi, que defende o filho do bilionário, Thor estava trafegando dentro da velocidade permitida no local do acidente, e não ingeriu álcool antes de dirigir. O jovem estava acompanhado de um amigo, que também passou pelo teste do bafômetro. O delegado já descartou a hipótese de homicídio doloso.
Não é possível definir embriaguez, diz polícia
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, peritos do Instituto Médico Legal (IML) disseram que não é possível afirmar se uma pessoa está embriagada com 15,5 dc/L no sangue, já que vários fatores precisam ser levados em consideração. Entre eles, o metabolismo da pessoa, a estrutura corporal, se a pessoa estava de estômago vazio, qual o grau de resistência da pessoa ao álcool e há quanto tempo o álcool fora ingerido, itens que o exame de alcoolemia não detecta.
Já para efeito da Lei Seca, o condutor de veículo automotor não pode ter mais de 0,2 dc/L no sangue, sendo considerado índice tolerável de até 0,6 dc/L. Mas de acordo com a nova legislação, o motorista que for flagrado com nível de álcool acima do permitido (0,1 mg/l de sangue), será multado e terá carteira apreendida.
Segundo o coordenador da Lei Seca, major Marco Andrade, 0,6 dc/L de álcool no sangue equivalem a 0,3 mg/L de álcool por litro de ar, ao ser soprado no bafômetro.
Em junho de 2008 foi aprovada a Lei 11.705, modificando o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) sobre a Lei Seca, que proíbe o consumo da quantidade de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue) por condutores de veículos.
O major considerou muito alto o nível de álcool detectado pela polícia na vítima atropelada pelo Thor Batista.
Polícia busca novas testemunhas
Na manhã de quinta-feira (22), o delegado Mário Roberto Arruda, titular da 61ª DP (Xerém), disse que ainda procura por outras testemunhas do atropelamento.
"Nós ainda estamos tentando arrolar novas testemunhas, inclusive de uma pessoa que teria passado pelo local no momento do acidente. Se for preciso, outras pessoas poderão ser ouvidas novamente", disse o delegado, se referindo às outras quatro testemunhas - dois agentes da PRF e dois motoristas - que também já foram ouvidas.
O delegado Mário Arruda voltou a afirmar que a hipótese de homicídio doloso (quando há intenção de matar) está descartada. No entanto, segundo ele, se for comprovado que Thor conduzia o veículo acima da velocidade permitida, ele poderá ser indiciado por homicício culposo (quando não tem intenção de matar), com pena que varia de 2 a 4 anos de prisão.
O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos foi contratado pelo empresário Eike Batista para defender seu filho. Além de Bastos, que faz parte do escritório Chiaparini e Bastos Advogados, também foi contratado para o caso Celso Sanchez Vilardi, do escritório Vilardi & Advogados Associados. Ambos os escritórios têm sede em São Paulo.
O advogado Celso Vilardi voltou a afirmar que seu cliente estava trafegando dentro da velocidade permitida no local do acidente. "Ele prestou todos os esclarecimentos a respeito do acidente, contou detalhes do que aconteceu aquela noite", disse o advogado. "Existem elementos muito seguros dos autos, que mostram que esse acidente ocorreu porque Wanderson estava com a sua bicicleta no meio da pista. Já existem indícios mais do que seguros no inquérito, e, portanto, é um acidente inevitável. Nós lamentamos muito", completou.
Laudo aponta álcool em sangue de ciclista atropelado por Thor Batista
Foi detectada a concentração de 15,5 dg/L de álcool na vítima.
Filho de Eike Batista atropelou e matou homem de 30 anos em rodovia.
Carro dirigido por Thor passou por perícia no local do acidente
(Foto: Nicson Olivier/Divulgação)
O exame foi feito por peritos do Instituto Médico Legal (IML), e divulgado pela 61ª DP (Xerém), responsável pelo caso.
O acidente aconteceu na pista sentido Rio. Segundo o advogado Celso Vilardi, que defende o filho do bilionário, Thor estava trafegando dentro da velocidade permitida no local do acidente, e não ingeriu álcool antes de dirigir. O jovem estava acompanhado de um amigo, que também passou pelo teste do bafômetro. O delegado já descartou a hipótese de homicídio doloso.
Não é possível definir embriaguez, diz polícia
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, peritos do Instituto Médico Legal (IML) disseram que não é possível afirmar se uma pessoa está embriagada com 15,5 dc/L no sangue, já que vários fatores precisam ser levados em consideração. Entre eles, o metabolismo da pessoa, a estrutura corporal, se a pessoa estava de estômago vazio, qual o grau de resistência da pessoa ao álcool e há quanto tempo o álcool fora ingerido, itens que o exame de alcoolemia não detecta.
Já para efeito da Lei Seca, o condutor de veículo automotor não pode ter mais de 0,2 dc/L no sangue, sendo considerado índice tolerável de até 0,6 dc/L. Mas de acordo com a nova legislação, o motorista que for flagrado com nível de álcool acima do permitido (0,1 mg/l de sangue), será multado e terá carteira apreendida.
Segundo o coordenador da Lei Seca, major Marco Andrade, 0,6 dc/L de álcool no sangue equivalem a 0,3 mg/L de álcool por litro de ar, ao ser soprado no bafômetro.
Em junho de 2008 foi aprovada a Lei 11.705, modificando o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) sobre a Lei Seca, que proíbe o consumo da quantidade de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue) por condutores de veículos.
O major considerou muito alto o nível de álcool detectado pela polícia na vítima atropelada pelo Thor Batista.
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que imprudência não foi do filho
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Polícia busca novas testemunhas
Na manhã de quinta-feira (22), o delegado Mário Roberto Arruda, titular da 61ª DP (Xerém), disse que ainda procura por outras testemunhas do atropelamento.
"Nós ainda estamos tentando arrolar novas testemunhas, inclusive de uma pessoa que teria passado pelo local no momento do acidente. Se for preciso, outras pessoas poderão ser ouvidas novamente", disse o delegado, se referindo às outras quatro testemunhas - dois agentes da PRF e dois motoristas - que também já foram ouvidas.
O delegado Mário Arruda voltou a afirmar que a hipótese de homicídio doloso (quando há intenção de matar) está descartada. No entanto, segundo ele, se for comprovado que Thor conduzia o veículo acima da velocidade permitida, ele poderá ser indiciado por homicício culposo (quando não tem intenção de matar), com pena que varia de 2 a 4 anos de prisão.
O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos foi contratado pelo empresário Eike Batista para defender seu filho. Além de Bastos, que faz parte do escritório Chiaparini e Bastos Advogados, também foi contratado para o caso Celso Sanchez Vilardi, do escritório Vilardi & Advogados Associados. Ambos os escritórios têm sede em São Paulo.
O advogado Celso Vilardi voltou a afirmar que seu cliente estava trafegando dentro da velocidade permitida no local do acidente. "Ele prestou todos os esclarecimentos a respeito do acidente, contou detalhes do que aconteceu aquela noite", disse o advogado. "Existem elementos muito seguros dos autos, que mostram que esse acidente ocorreu porque Wanderson estava com a sua bicicleta no meio da pista. Já existem indícios mais do que seguros no inquérito, e, portanto, é um acidente inevitável. Nós lamentamos muito", completou.
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Vagner Silva havia sido liberado na quarta (21) porque não foi reconhecido.
A polícia prendeu novamente, na tarde desta sexta-feira (23), Vagner Dantas da Silva, que havia sido detido e liberado na quarta-feira (21) após as investigações apontarem que ele não era o Wagner considerado o chefe da chamada “gangue das loiras”. O homem apontado como chefe da quadrilha foi preso apenas na manhã de quinta-feira (22) na Praia Grande, no litoral de São Paulo, junto com a mulher.
Dantas da Silva havia sido liberado na quarta-feira porque uma vítima de sequestro-relâmpago não o reconheceu como autor do crime. A polícia tinha apenas a suspeita de que ele integrasse a “gangue das loiras” em razão de ter passagem por furto a condomínios e ser casado com uma mulher apontada como uma das loiras do grupo.
Segundo o delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na quinta-feira uma outra vítima compareceu à delegacia dizendo que tinha visto imagens dele pela imprensa e que o reconhecia como autor do assalto a seu condomínio em 2010. A vítima levou à polícia uma foto da câmera de segurança do elevador em que Vagner aparece ao lado de uma mulher, ainda não identificada. Foram roubados, nesse assalto, R$ 300 mil, segundo Carrasco.
Na quarta-feira, Dantas da Silva disse que já pagou pelos crimes que cometeu. Ele tem passagens na polícia por furto e roubo. O suspeito disse ainda que nem ele nem sua mulher integram qualquer gangue. “Sou inocente”, afirmou.
Gangue
A prisão dele e seu reconhecimento por uma vítima, além de depoimentos de outras vítimas que apontam a participação de outros homens ainda não identificados como integrantes da gangue, derrubam a tese inicial da polícia de que a "gangue das loiras" é formada por seis mulheres, sendo cinco loiras, e um homem apenas. "O leque está se abrindo. O número é maior do que imaginávamos no começo, mas as caracterísitcas da ação permanecem", disse Carrasco, lembrando o fato de os ladrões atuarem em duplas e se chamarem de Bonnie e Clyde.
A primeira prisão foi no dia 9 deste mês. Uma mulher suspeita de cometer os crimes foi presa em Curitiba. As mulheres de classe média alta são suspeitas de participação em pelo menos 50 crimes. Segundo a polícia, elas abordavam mulheres e idosas nas proximidades de estacionamentos e shoppings.
De acordo com as investigações, a quadrilha agia desde 2008. Nesse período, é suspeita de ter cometido uma média de três roubos por semana. Os policiais da delegacia especializada em sequestros-relâmpago investigavam o grupo havia dois meses. A quadrilha migrou com o tempo de assaltos a condomínios para sequestros-relâmpago.
Polícia volta a prender suspeito de integrar 'gangue das loiras’
Vagner Silva havia sido liberado na quarta (21) porque não foi reconhecido.
Outra vítima disse à polícia, porém, que ele roubou condomínio; ele nega.
A polícia prendeu novamente, na tarde desta sexta-feira (23), Vagner Dantas da Silva, que havia sido detido e liberado na quarta-feira (21) após as investigações apontarem que ele não era o Wagner considerado o chefe da chamada “gangue das loiras”. O homem apontado como chefe da quadrilha foi preso apenas na manhã de quinta-feira (22) na Praia Grande, no litoral de São Paulo, junto com a mulher.
Dantas da Silva havia sido liberado na quarta-feira porque uma vítima de sequestro-relâmpago não o reconheceu como autor do crime. A polícia tinha apenas a suspeita de que ele integrasse a “gangue das loiras” em razão de ter passagem por furto a condomínios e ser casado com uma mulher apontada como uma das loiras do grupo.
Segundo o delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na quinta-feira uma outra vítima compareceu à delegacia dizendo que tinha visto imagens dele pela imprensa e que o reconhecia como autor do assalto a seu condomínio em 2010. A vítima levou à polícia uma foto da câmera de segurança do elevador em que Vagner aparece ao lado de uma mulher, ainda não identificada. Foram roubados, nesse assalto, R$ 300 mil, segundo Carrasco.
Na quarta-feira, Dantas da Silva disse que já pagou pelos crimes que cometeu. Ele tem passagens na polícia por furto e roubo. O suspeito disse ainda que nem ele nem sua mulher integram qualquer gangue. “Sou inocente”, afirmou.
Gangue
A prisão dele e seu reconhecimento por uma vítima, além de depoimentos de outras vítimas que apontam a participação de outros homens ainda não identificados como integrantes da gangue, derrubam a tese inicial da polícia de que a "gangue das loiras" é formada por seis mulheres, sendo cinco loiras, e um homem apenas. "O leque está se abrindo. O número é maior do que imaginávamos no começo, mas as caracterísitcas da ação permanecem", disse Carrasco, lembrando o fato de os ladrões atuarem em duplas e se chamarem de Bonnie e Clyde.
Imagem de câmera de condomínio flagrou homem
(Foto: Márcio Pinho/G1)
(Foto: Márcio Pinho/G1)
De acordo com as investigações, a quadrilha agia desde 2008. Nesse período, é suspeita de ter cometido uma média de três roubos por semana. Os policiais da delegacia especializada em sequestros-relâmpago investigavam o grupo havia dois meses. A quadrilha migrou com o tempo de assaltos a condomínios para sequestros-relâmpago.
tópicos:Crianças estão sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Um mãe suspeita de tentar matar os quatro filhos foi detida na noite desta quinta-feira (22), em Jaburuna, Vila Velha, Espírito Santo. Segundo a polícia, ela preparou uma mistura de medicamentos e, quando iria dopar as crianças, o marido a impediu.
A mãe prestou depoimento no Departamento de Polícia Judiciária do município, foi liberada e será investigada. Para o delegado, a mulher tem problemas psicológicos. Os menores foram encaminhados ao Conselho Tutelar e aguardam a avó chegar da Bahia para voltarem à família.
A presidente do Conselho Tutelar de Vila Velha, Eudes Vianna, informou que essa é a segunda tentativa de assassinato contra os filhos que a mulher comete. “Na primeira, ela jogou álcool em um colchão e foi impedida de atear fogo. Sempre que briga com o marido, tenta se matar ou agredir as crianças”, afirma.
Os vizinhos informaram que as crianças moravam com os avós e, há dois meses, estão com a mãe. Uma mulher, que preferiu não se identificar, disse que é conselheira da igreja que acompanha família e que está horrorizada com o acontecimento. “Depois de uma discussão com o companheiro, ela se descontrolou e tentou matar os filhos, que também têm sinais de desnutrição”, disse.
A mulher de 30 anos afirma que perdeu o controle, mas negou as acusações de tentativa de homicídio. Ela disse que foi um acidente. "Quando fico nervosa, às vezes, quebro as coisas. Não sei o que aconteceu. Não conseguir me controlar. Admito o meu erro", contou a mãe.
O delegado encaminhou a mulher para a casa de um parente. O caso será investigado pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente.
As crianças estão em um abrigo, aguardando a chegada dos avós, que chegam, nesta sexta-feira (23), da Bahia. De acordo com o Conselho Tutelar, os menores vão ficar com os parentes e a mãe será encaminhada para tratamento.
Mãe tenta matar os quatro filhos com remédios no ES, diz polícia
Crianças estão sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Para o delegado, a mulher tem problemas psicológicos.
Um mãe suspeita de tentar matar os quatro filhos foi detida na noite desta quinta-feira (22), em Jaburuna, Vila Velha, Espírito Santo. Segundo a polícia, ela preparou uma mistura de medicamentos e, quando iria dopar as crianças, o marido a impediu.
A mãe prestou depoimento no Departamento de Polícia Judiciária do município, foi liberada e será investigada. Para o delegado, a mulher tem problemas psicológicos. Os menores foram encaminhados ao Conselho Tutelar e aguardam a avó chegar da Bahia para voltarem à família.
A presidente do Conselho Tutelar de Vila Velha, Eudes Vianna, informou que essa é a segunda tentativa de assassinato contra os filhos que a mulher comete. “Na primeira, ela jogou álcool em um colchão e foi impedida de atear fogo. Sempre que briga com o marido, tenta se matar ou agredir as crianças”, afirma.
Os vizinhos informaram que as crianças moravam com os avós e, há dois meses, estão com a mãe. Uma mulher, que preferiu não se identificar, disse que é conselheira da igreja que acompanha família e que está horrorizada com o acontecimento. “Depois de uma discussão com o companheiro, ela se descontrolou e tentou matar os filhos, que também têm sinais de desnutrição”, disse.
A mulher de 30 anos afirma que perdeu o controle, mas negou as acusações de tentativa de homicídio. Ela disse que foi um acidente. "Quando fico nervosa, às vezes, quebro as coisas. Não sei o que aconteceu. Não conseguir me controlar. Admito o meu erro", contou a mãe.
O delegado encaminhou a mulher para a casa de um parente. O caso será investigado pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente.
As crianças estão em um abrigo, aguardando a chegada dos avós, que chegam, nesta sexta-feira (23), da Bahia. De acordo com o Conselho Tutelar, os menores vão ficar com os parentes e a mãe será encaminhada para tratamento.
Mãe tenta matar quatro filhos com medicamentos, diz polícia (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
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