Brasil ganha prêmio de computação com cidade de voluntários
Na Copa do Mundo de Computação, a equipe brasileira criou uma cidade onde o trabalho voluntário começa com uma pessoa e se espalha. Problemas como falta de água, lixo acumulado e trânsito desaparecem.
Fonte : Fantástico
Esta semana, o Brasil foi mais uma vez campeão do mundo, só que dessa ganhou uma copa diferente: a Copa do Mundo da Computação. Ela tem o apoio da ONU pra incentivar quem usa a tecnologia para melhorar o mundo.
Com robôs, jogos, acessórios, equipamentos eletrônicos e bandeiras de 70 países, a Copa do Mundo da Criatividade em Programas para Computadores este ano aconteceu em Nova York. E se é copa do mundo, é claro que o Brasil tinha que estar nela, com torcida e com a maior delegação de todas. Os prêmios iam até US$ 25 mil, mais ou menos R$ 40 mil.
Os poloneses trouxeram uma roupa especial, conectada à polícia. Enquanto o sujeito é preso, ele já é fichado. De Taiwan, vem um projeto engenhoso que identifica focos de incêndio em um prédio e indica a melhor rota de fuga. E se houver muita fumaça, um raio laser traça o caminho para a saída mais próxima.
Com um monte de placas, fios e componentes eletrônicos, o Brasil levou uma Unidade de Terapia Intensiva. O aparelhinho inventado por estudantes da Universidade Federal de Pernambuco realiza todos os exames que uma UTI móvel é capaz de fazer e custa bem mais barato que uma ambulância toda equipada: US$ 50. Ou seja, R$ 80.
Agora, imagine um surdo usando telefone celular. Impossível? Não para uns estudantes brasileiros também de Pernambuco. Eles inventaram um sistema que usa a câmera dos celulares para captar os movimentos da linguagem de libras. Na outra ponta, o programa literalmente traduz o que a câmera viu.
A novidade levou o segundo lugar na categoria de programas para celulares, mas também teve brasileiro no topo do pódio.
Imagine uma cidade onde o trabalho voluntário começa com uma pessoa e vai se espalhando pelos outros moradores. De repente, problemas como a falta de água, o lixo acumulado e o trânsito infernal desaparecem. Foi com essa ideia que a equipe brasileira conquistou o primeiro lugar em uma das categorias desta competição mundial.
O grupo de Curitiba levou o equivalente a R$ 40 mil com esse jogo. Uma cidade virtual cheia de problemas e que depende da ação de voluntários para a melhoria da sociedade. Quando você cria uma central de reciclagem, por exemplo, o lixo acumulado nas ruas vai desaparecendo. Os jovens programaram o jogo usando casos reais de gente que decidiu fazer a diferença nas suas comunidades.
“Um dos casos foi o da Maria do Nordeste. Na rua dela, tinham muitos lixos. E ela sozinha tomou a iniciativa de falar com todos os moradores e procurar voluntários. Cada um ajudava do jeito que podia, e eles conseguiram pegar um caminhão que passasse uma vez por semana. Então, baseado em boas ações que a gente viu que deu certo, a gente construiu o jogo e colocou todas essas ações dentro do jogo”, conta o programador Tiago de Souza.
Entre bandeiras da França, da Coreia, dos Estados Unidos, o verde amarelo triunfou e deu o seu recado. “Ajudar as pessoas, é isso que a gente está fazendo aqui. É disso que a gente está correndo atrás”, conta a programadora Rafaela costa.
No ano que vem, a competição acontece na Austrália. O time brasileiro já está se preparando para defender o título.
Uso indevido da internet no trabalho pode gerar demissão por justa causa
Desde que os funcionários sejam avisados, as empresas podem monitorar todo o acesso a computadores do ambiente corporativo
Orkut, MSN, e-mail particular. O uso da internet no trabalho para fins pessoais por funcionários não é raro e tem obrigado gestores a implementar medidas de monitoramente que nem sempre agradam os colaboradores. Mas, quem acessa conteúdos alheios à empresa precisa tomar cuidado. O controle dos computadores é legal e, caso seja identificada utilização indevida dos equipamentos ou da web, a direção pode demitir alegando justa causa. Desde que a proibição seja exposta de forma clara no contrato de trabalho ou no regulamento da empresa, o acesso a conteúdos vedados pode levar à demissão justificada por "incontinência de conduta ou mau procedimento", como afirma o advogado especialista em Direito do Trabalho, Alexandre Moraes e Souza. "Segundo prescreve o artigo 482, 'b', da CLT, o funcionário pode ser despedido em decorrência de violação do código de conduta da empresa, por uso impróprio do equipamento profissional", diz o advogado.
Souza lembra que todo cidadão é protegido pela previsão constitucional da inviolabilidade de correspondências, mas, no descumprimento de uma norma da empresa, um trabalhador não pode se valer desse ponto da legislação. "Caso a empresa tome as devidas precauções de previamente avisá-lo, quando da celebração do contrato de trabalho, não poderá o empregado beneficiar-se da própria torpeza, alegando que desconhecia as regras empresariais de limitação quanto ao conteúdo a ser acessado mediante o meio eletrônico, com fundamento na inviolabilidade de seu direito a privacidade", afirma o advogado.
Responsabilidade da empresa
Quando um ato ilícito é cometido a partir de computadores de uma empresa ou utilizando seu e-mail corporativo, por exemplo, ela será judicialmente responsabilizada. Por isso, os administradores preferem se precaver. "Em se tratando de e-mail corporativo, acaso tais mensagens eletrônicas ocasionem lesão a direito de terceiro, responderá objetiva e solidariamente o empregador pelos danos ocasionados por seu empregado, na forma do que prevê o artigo 932, III, do Código Civil, motivo ainda pelo qual poderá o empregador exercer controle sobre a emissão e destinação das mesmas", afirma Alexandre Moraes e Souza.
Quando o funcionário tem razão
Alguns softwares de monitoramento de computadores utilizados em empresas conseguem, até mesmo, ter acesso a senhas de banco, por exemplo, caso sejam digitadas em um aparelho corporativo. Por isso, o funcionário precisa ser claramente avisado de que está sendo vigiado. Caso contrário, o empregador pode ter problemas.
Uma saída para evitar transtornos, é apenas bloquear o acesso a redes sociais, bate-papo e e-mail, por exemplo. "A empresa pode se valer de softwares que minimizem as chances do empregado enviar e-mails a destinatários não credenciados, bloquear determinados sítios eletrônicos com material impróprio, além de bloquear os destinados a entretenimento, como o Orkut, Facebook e MSN", diz o advogado. E ele acrescenta: "isso não violaria o direito a informações, porém, efetuaria o controle de acesso do empregado, no horário de trabalho, a matérias não relativas ao seu labor".
Vale ressaltar, no entanto, que o simples bloqueio de algumas atividades não coíbe a prática de ações Ilícitas através dos computadores corporativos.
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